Visita é normal na Máxima, mesmo com ataques atribuídos a presidiários
Na semana de 18 carros incendiados na região de Campo Grande, a visita ocorreu normalmente hoje no Presídio de Segurança Máxima, local conhecido como base de facção criminosa que estaria envolvida na série de ataques.
No domingo de contato com a família, os presos se comportaram bem, contam os parentes que estiveram hoje no complexo penal. Não houve reforço na segurança, ainda conforme os visitantes, nem mudanças na revista
O clima foi considerado sem alteração, o que destoa do alarde criado fora dos portões da Máxima. Mulheres que estiveram lá dentro hoje pediram para não ter os nomes divulgados, mas concordaram em conversar com o Campo Grande News.
Na saída, devagar, uma a uma deixava o complexo tranquilamente. “Está tudo normal”, garante a operadora de caixa, de 25 anos, que visitou o marido neste domingo.
Ela diz que ouviu mais comentários na rua do que dentro do presídio. Para a mulher, não há nem lógica para ordenar ataques pela cidade, já que os presos não têm reclamações sobre o sistema penal. “E se fossem eles, os ataques seriam bem piores”, avalia.
Outra esposa de preso, a babá de 44 anos concorda. Ela conta que levou comida para o marido e “tudo passou”, sem nenhum problema, o que não acontece quando há riscos de rebelião. No pavilhão onde o esposo cumpre pena, a mulher também não percebeu tensão. “Tudo foi como de praxe, sem mudança”, relata.
A copeira, de 28 anos, apareceu para ver o irmão, uma rotina de 7 anos. Durante esse tempo, lembra que o clima só ficou tenso uma vez. “Daí não entrei”, diz.
Hoje, a visita foi como em outro dia normal o que deve se repetir na próxima. “Quando tem algum perigo, eles avisam para a gente não vir. Mas semana que vem pode entrar criança e ninguém falou nada”, explica.
Policiais militares que fazem a segurança externa no complexo penal de Campo Grande confirmaram que não houve alteração, apesar da ordem de atenção redobrada por conta dos ataques contra veículos em Campo Grande.