Empresa nega golpe e diz que devolveu dinheiro de Pix feito por engano
Empresário da Bahia depositou R$ 6 mil errado nessa segunda-feira para uma conta com nome fantasia parecido
Empresa de turismo de Mato Grosso do Sul negou golpe contra Fhoster Augusto Pereira e afirmou que devolveu dinheiro de Pix feito por engano, ainda nesta terça-feira (26), no valor de R$ 6 mil. O baiano acusou a companhia de não querer estornar o dinheiro após ler a mensagem “Pix Premiado” - esquema de golpe digital - e ter sido bloqueado depois de pedir a devolução.
Ao Campo Grande News, a empresa sul-mato-grossense explicou que acreditou se tratar desse golpe popular entre estelionatários e tomou ações jurídicas para evitar o prejuízo. Ela pontuou que entrou em contato com o banco e foi informada pelo gerente que poderia ser um golpe e, que a devolução não seria imediata, para prezar pela segurança da empresa.
“A gente procurou para ver se realmente esse dinheiro constava na conta da empresa. O gerente falou que se tratava de um golpe e que não iriamos transferir esse dinheiro rápido, do jeito que eles queriam. A gente identificou que era golpe e não deu palco. Procuramos a Polícia Civil e Federal, já que tem evasão de divisas entre os Estados. O Pix foi devolvido junto ao Banco Central no dia de ontem, na forma correta, no CNPJ que fez a transferência. Porque se fosse feita da forma que eles queriam, teríamos sido prejudicados, porque iriam cancelar logo em seguida”.
Outro ponto que fez com que a empresa acreditasse que se tratava de um golpe foi o fato do empresário sul-mato-grossense ter sofrido ataques nas redes sociais. O que obrigou a assessoria a restringir o perfil e os comentários.
Fhoster Augusto explicou que pediu aos amigos para que pressionassem o empresário no intuito que ele devolvesse o dinheiro. “Eu mandei todos os meus amigos mandarem mensagem para ele, comentar na foto dele: 'fácil viajar com o dinheiro dos outros, devolve o dinheiro do Fhoster' ai ele bloqueou”.
História - Segundo o baiano, tudo começou quando ele transferiu R$6 mil da empresa de veículos que ele administra para outra, de turismo, que também é dono. Como estava sem o CNPJ decorado e precisava fazer a transferência, acabou pesquisando no Google e, na pressa, transferindo o montante para conta errada, que possuía nome fantasia semelhante a dele, 'AGORA TURISMO LTDA'.
“Como estava sem, eu quis pagar logo e puxei no Google, aí que me deparei com a empresa de MS, que têm razão social muito parecida com a minha. Mandei e depois estava em contato explicando que transferi errado. Aí me bloquearam".
O empresário baiano acrescentou que fez o boletim de ocorrência online devido à delegacia da cidade ter orientado. "Porque aqui, quando não há dano físico, não apontaram arma ou não houve violência, eles sugerem fazer assim. O que meu advogado me instruiu foi fazer o boletim de ocorrência e com isso dar entrada no processo de apropriação indevida e danos morais”.
A empresa de Mato Grosso do Sul também desconfiou da ausência dos registros, tanto na delegacia da Bahia, quanto na de Mato Grosso do Sul, já que o boletim ainda não foi aprovado por ter sido feito de maneira digital, portanto não consta no sistema.
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