Vizinhança teme que ecoponto sem cobertura se torne problema
No local serão colocados até seis contêineres abertos em cima, que irão guardar materiais enquanto não são retirados
Com o prazo de entrega alterado duas vezes, o Ecoponto da região do Imbirussu está às vésperas de ser inaugurado, mas sua "aparência" não tem deixado os vizinhos confortáveis em relação à funcionalidade. Muitos deles alegam que deveria existir pelo menos uma cobertura para abrigar os materiais da chuva e sol forte.
O ponto fica no cruzamento da rua Sagarana com a avenida Professor José Barbosa Hugo Rodrigues e é o primeiro na cidade. Conforme o encarregado pela obra, Ludinei Rocha Cabral, se não houver mais chuvas, em uma semana a obra será entregue.
No local, de acordo com ele, falta somente terminar o calçamento e colocar a iluminação, mas a estrutura está causando dúvidas para os moradores vizinhos, que na maioria ao menos sabe o que está sendo feito na esquina de casa.
"Mas vai todo tipo de lixo? Isso daqui vai ficar um cheiro horrível", exclama a dona de casa Juliana Alves da Silva, de 23 anos. Ela ainda questiona como que vai ficar abrigado o material, já que não há nem um galpão no terreno.
Ludinei afirma que, no pátio, irão colocar de quatro a seis contêineres abertos na parte de cima. "Os caminhões vão chegar aqui e colocar o lixo por cima, logo depois fechar com uma lona", explica.
O tecnólogo em educação e saúde Marco Antônio Picasso, de 63 anos, lembra que o ecoponto é uma vantagem para o bairro, mas ainda assim tem diversos pontos negativos. "Sem nenhuma cobertura, está tudo vulnerável à chuva e ao sol, então mosquito da dengue e leishmaniose vai continuar tendo criadouro".
Ele ainda afirma que faltou uma reunião com a população para aprovar o projeto da área. "Eles se reúnem apenas na administração e não sabem se isso será bom ou não para os vizinhos".
Inauguração - Conforme com a Solurb, empresa responsável pelo manuseamento do lixo em Campo Grande, e pela construção do Ecoponto, a previsão para que o local seja inaugurado no dia 23 de março.
O ecoponto vai receber exclusivamente entulhos da construção (até o limite de um metro cúbico por pessoa), volumosos ( sofás, móveis, eletroeletrônicos), dentre outros objetos inservíveis, além de resíduos de galhos resultantes da poda de árvores.
Outro lado - A Prefeitura de Campo Grande informou que não há motivo para preocupação. "A Solurb terá no máximo três dias para dar destinação final a todo o material. Haverá gerenciamento permanente de tudo que for recolhido", explicou via assessoria de imprensa.
Serão instalados no local nove contâiners para acondicionar os entulhos e restos de galhos. "Ressalta-se que no local não haverá recebimento de lixo úmido que é coletado regularmente nos domicílios", completou a nota da administração municipal.