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Cidades

DGPC vê teoria da conspiração e promete desvendar morte de delegado

Lidiane Kober | 19/08/2013 19:35
Você acha que eu colocaria quatro unidades da Polícia Civil para fazer palhaçada e deixar o caso quieto”, indagou o diretor-geral.(Foto: Arquivo)
Você acha que eu colocaria quatro unidades da Polícia Civil para fazer palhaçada e deixar o caso quieto”, indagou o diretor-geral.(Foto: Arquivo)

O diretor-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Jorge Razanauskas Neto, vê “teoria de conspiração para desacreditar as investigações” do assassinato a tiros do delegado e professor universitário, Paulo Magalhães, no dia 25 junho deste ano. Segundo ele, a apuração tem “avançado” e “caminha para resolver logo”. “Essa semana tudo pode estar solucionado”, anunciou, em entrevista por telefone ao Campo Grande News.

Justamente por conta do bom andamento das investigações, Razanauskas acredita que “tem alguém interessado em causar polêmica”. “Todo caso complexo como esse aparece um monte de teoria de conspiração para desacreditar os trabalhos”, comentou.

É o caso, segundo ele, dos boatos de vazamento de informações por parte da polícia. “Você acha que eu colocaria quatro unidades da Polícia Civil para fazer palhaçada e deixar o caso quieto”, indagou o diretor-geral. Ele repetiu ainda que solucionar a questão “é ponto de honra”. “Vou cumprir o que disse, ele era um dos nossos”, declarou.

Razanauskas, porém, não descartou totalmente a possibilidade de vazamento. “Se houve, vou apurar e todas as medidas serão adotadas”, admitiu, contudo. “Repito, resolver esse caso é ponto de honra”, reforçou.

Questionado sobre as novidades nas investigações, o delegado frisou que o “caso está em segredo de Justiça e a gente não pode falar”. Ele ainda classificou a apuração como “complexa”. “Não foi feita por amadores, mas a gente está num caminho bom”, finalizou.

Um dos delegados que atua no caso, adiantou ao Campo Grande News que os autores da execução de Paulo Magalhães são pistoleiros contratados. “Estamos averiguando agora se estes homens são de Campo Grande ou vieram de fora do Estado especificamente para fazer o serviço”, afirmou. Ele informou ainda que as diligências continuam e que até o momento nenhum dos suspeitos foi preso.

O delegado aposentado morreu quando buscava a filha na escola, no bairro Jardim dos Estados. Ele foi atingido por cinco dos seis tiros de uma arma de calibre nove milímetros, de uso restrito do Exército.

O assassinato vem causando polêmica e até levou a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) a pedir ao Ministério da Justiça a investigação pela Polícia Federal. A entidade teme que o crime fique impune, como ocorreu com os assassinatos de Edgar Pereira e Eduardo Carvalho.

Os dois homicídios seguiram o mesmo trâmite de Magalhães, foram colocados sob segredo de Justiça e até hoje não houve a punição dos envolvidos na execução.

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