Dois advogados vão atuar no julgamento de Beira-Mar
Dois advogados irão atuar no julgamento do narcotraficante Luís Fernando da Costa, o Beira-Mar, que será realizado em Campo Grande. O júri popular está marcado para começar às 8 horas da próxima terça-feira (10).
Irão atuar no júri os advogados Luiz Gustavo Bataglin Maciel e Wellington Corrêa da Costa Júnior, que é do Rio de Janeiro.
A sessão de julgamento terá segurança da Força Nacional, Polícia Federal e Polícia Militar. Os detalhes do esquema não são revelados por questões de segurança.
Sobre a decisão do STJ (Superior do Tribunal de Justiça), que manteve o júri do narcotraficante, o advogado Luiz Gustavo afirma que foi positiva, porque o ministro Nilson Naves proibiu que seja lido em plenário a acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul que mantém a sentença de pronúncia.
De acordo com Luiz Gustavo, o acórdão, assinado pelo desembargador João da Costa Marques, ficará em um envelope lacrado. Está proibida a leitura por parte da defesa ou da acusação.
A defesa de Beira-Mar argumentou ao STJ que o desembargador usou "excesso de linguagem" ao defender a manutenção da sentença de pronúncia.
A defesa cita trechos como " havendo provas da materialidade e fortes indícios de autoria de que o agente foi o mandante do homicídio, em face de a vítima ser opositora no submundo do tráfico ilícito de entorpecentes, mantém-se a pronúncia", frases que poderiam induzir os jurados à condenação do réu, alegam os advogados.
O caso - Beira-Mar é apontado como mandante do assassinato de João Morel, ocorrido na Penitenciária de Segurança Máxima no início da década de 2000.