Em crise, construção civil tem o menor número de trabalhadores em cinco anos
O desaquecimento da construção civil de Mato Grosso do Sul impactou o mercado de trabalho do setor. No encerramento do segundo trimestre (abril a junho) deste ano, havia 101 mil profissionais na área no Estado, de acordo com o a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada na semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É o menor número em cinco anos. Este cenário puxou para baixo o rendimento médio dos trabalhadores.
A pesquisa, que tem início em 2012, apresenta dados trimestrais. Em nenhum período anterior, o número de trabalhadores foi menor que o verificado no fim de junho deste ano. Até então, o resultado mais modesto foi o do primeiro trimestre desde ano e de 2012 – ambos foram de 104 mil pessoas.
Não apenas o número de trabalhadores retraiu, mas como também os salários pagos pelas empresas do setor. Segundo a PNAD Contínua, o rendimento médio dos empregados da construção era de R$ 1.739 no segundo trimestre deste ano.
Na comparação com o encerramento de 2016 (R$ 1.851), a queda é de 6% ou de R$ 112. A renda média verificada de abril a junho também é a menor desde o terceiro trimestre do ano passado (R$ 1.807).
A redução do rendimento e da quantidade de trabalhadores na construção civil se relaciona ao fechamento de vagas de emprego no setor. Pelos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), a construção acumulada saldo negativo de 601 empregos, resultante de 14.127 contratações e 14.728 demissões.