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Empregos

Levantamento trimestral registra queda na taxa de desempregados no Brasil

Sinais de que a economia está se recuperando refletem nos dados das estatísticas sociais

Gabriela Couto | 18/03/2022 12:11
Carteira de Trabalho. (Foto: Getty imagens)
Carteira de Trabalho. (Foto: Getty imagens)

Reduziu 0,9% a taxa de desocupação brasileira no trimestre móvel de novembro de 2021 a janeiro de 2022. Os dados otimistas mostram que hoje, o país apresenta apenas 11,2% de desempregados. O número é ainda mais positivo no comparativo ao mesmo período do ano anterior, quando 14,5% da população não conseguia colocação de trabalho. Em números físicos são 12 milhões de pessoas sem carteira assinada.

Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) por meio do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). O contingente de pessoas ocupadas foi estimado em aproximadamente 95,4 milhões, ou seja 1,5 milhão de pessoas a mais do trimestre anterior e de 8,2 milhões de pessoas se comparado ao mesmo período de 2021.

Quando analisado o número de pessoas com idade de trabalhar com carteira assinada, o percentual 55,3% cresceu 0,7 frente ao trimestre anterior e 4,3 pontos percentuais ante igual trimestre do ano anterior, quando foram registrados 51,1% da mão de obra em idade de trabalhar.

Com empregos que não utilizam toda a força e potencial de trabalho, conhecida como taxa composta de subutilização, houve queda de 1,9 ponto percentual em relação ao trimestre de agosto a outubro. Além de 5,1 pontos percentuais na comparação com o trimestre encerrado em janeiro de 2021.

Também reduziram os números de mão de obra subutilizada, passando de 29,9 milhões de pessoas para 27,8 milhões, no período de três meses. Sendo que na comparação anual, o registro era de 32,9 milhões.

Já a população fora da força de trabalho, cerca de 65 milhões de pessoas, permaneceu estável quando comparada com o trimestre anterior e caiu menos 3,9 milhões de pessoas na comparação anual.

Tipos de emprego - O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 34,6 milhões de pessoas, subindo 2,0% (681 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 9,3% (acréscimo de 2,9 milhões de pessoas) na comparação anual.

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (12,4 milhões de pessoas) subiu 3,6% (427 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 19,8% (2,0 milhões de pessoas) no ano.

O número de trabalhadores por conta própria (25,6 milhões de pessoas), ficou estável na comparação com o trimestre anterior, mas subiu 10,3% (mais 2,4 milhões de pessoas) no ano.

O número de empregados no setor público (11,4 milhões de pessoas) apresentou aumento de 1,9% frente ao trimestre anterior. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, ficou estável.

A taxa de informalidade foi de 40,4% da população ocupada, ou 38,5 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido de 40,7% e, no mesmo trimestre de 2021, 39,2%.

O rendimento real habitual, de R$ 2.489 no trimestre encerrado em janeiro, mostrou redução de 1,1% frente ao trimestre anterior e de 9,7% frente ao mesmo trimestre de 2021. A massa de rendimento real habitual (R$ 232,6 bilhões) ficou estável em ambas as comparações.

Subdivisão - Entre os grupamentos de atividades, frente ao trimestre móvel anterior, houve altas em: Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (2,4%, ou mais 436 mil pessoas), Alojamento e alimentação (4,1%, ou mais 206 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (2,1%, ou mais 239 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,8%, ou mais 282 mil pessoas) e Outros serviços (6,8%, ou mais 310 mil pessoas). Os demais grupamentos ficaram estáveis.

Ante o trimestre encerrado em janeiro de 2021, houve altas na ocupação dos seguintes grupamentos: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (4,0%, ou mais 342 mil pessoas), Indústria Geral (9,1%, ou mais 1,0 milhão de pessoas), Construção (13,0%, ou mais 836 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (11,8%, ou mais 2,0 milhão de pessoas), Transporte, armazenagem e correio (10,5%, ou mais 463 mil pessoas), Alojamento e alimentação (27,1%, ou mais 1,1 milhão de pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (6,7%, ou mais 710 mil pessoas), Outros serviços (14,1%, ou mais 606 mil pessoas) e Serviços domésticos (19,5%, ou mais 925 mil pessoas). Os demais ficaram estáveis.

Quanto ao rendimento médio real habitual, ante o trimestre móvel anterior, não houve crescimento em qualquer categoria. Mas houve redução nos seguintes grupamentos: Indústria (4,1%, ou menos R$ 102) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,1%, ou menos R$ 76).

Na comparação com o trimestre de novembro de 2020 a janeiro de 2021 também não houve crescimento em nenhuma categoria. Houve redução nos seguintes grupamentos: Indústria (14,5%, ou menos R$ 408), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (6,0%, ou menos R$ 130), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (7,5%, ou menos R$ 288), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (12,9%, ou menos R$ 530) e Serviços domésticos (3,1%, ou menos R$ 30).

Entre as posições de ocupação, ante o trimestre móvel anterior, não houve crescimento em nenhuma categoria. Porém, houve queda na categoria de Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar), de 1,9% (menos R$ 74). Na comparação anual, houve queda de 11,6% (menos R$ 514).

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