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Cidades

Família autoriza autópsia e corpo de índio pode ir para Brasília

Nadyenka Castro e Viviane Oliveira, de Sidrolândia | 31/05/2013 16:10
Oziel Gabriel é velado na aldeia onde morava desde que nasceu. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Oziel Gabriel é velado na aldeia onde morava desde que nasceu. (Foto: Vanderlei Aparecido)

A família do terena Oziel Gabriel, 35 anos, morto durante conflito com a Polícia nessa quinta-feira, em Sidrolândia, autorizou nova autópsia no corpo do indígena.

A autorização foi dada na tarde desta sexta-feira. Até o fim da manhã, a esposa de Oziel não havia permitido novo exame no cadáver do marido. “Meu filho disse que se acontecesse alguma coisa com ele era para lutar por Justiça, por isso autorizamos”, disse o pai do índio Eufásio Gabriel, 64 anos.

O novo procedimento seria para definir o calibre do projétil que atingiu o terena durante a reintegração de posse da fazenda Buriti. A justificativa é que o laudo não foi realizado por médico-legista.

Familiares da vítima afirmam que o disparo partiu da arma de um policial federal. No local, também estava a Cigcoe (Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), que levou munição letal para área de conflito.

Conforme a família, o novo exame será feito em Brasília. O corpo será trazido para Campo Grande e depois levado para a capital federal.

Eufásio disse que já imaginava que poderia haver conflito no local, mas, “não esperava que fosse com meu filho”. Ele não foi à fazenda porque tem problemas cardíacos. Oziel era um dos oito filhos dele.

Conflito – De acordo com a PM (Polícia Militar), oito militares ficaram feridos na ação e até um cão foi atingido por tiro. Nenhum dos policiais teve ferimentos graves.

Cinco indígenas ficaram feridos. Um, Oziel, morreu, e os outros quatros receberam atendimento médico e foram liberados.

A fazenda Buriti foi invadida no dia 15 de maio. A Justiça determinou reintegração de posse.

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