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Cidades

Febre amarela foi descartada como causa da morte de 5 macacos, diz secretaria

Nenhum caso de febre amarela em humano ou animal foi confirmado em MS; não há motivo para pânico, garante a SES

Anahi Zurutuza | 22/01/2018 13:45
Macaco encontrado morto em fazenda no interior de MS (Foto: Maracaju Speed)
Macaco encontrado morto em fazenda no interior de MS (Foto: Maracaju Speed)

De julho de 2017 até agora, cinco mortes de macacos resultaram em investigação sobre a circulação do vírus da febre amarela em Mato Grosso do Sul. O dado consta no último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado no dia 14 deste mês.

No documento, os cinco óbitos aparecem na coluna de casos em investigação – no Brasil, são 747.

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) informa, contudo, que a causa das mortes não foi febre amarela, descarte já feito por meio de exames laboratoriais.

A SES deixou claro que ainda não trata do caso registrado na fazenda na divisa entre Rio Brilhante e Maracaju, mas não deu mais detalhes por enquanto.

O corpo do animal achado neste fim de semana está sendo trazido para Campo Grande, de acordo com a assessoria da Prefeitura de Maracaju. Testes devem ser feitos para confirmar se foi a febre amarela que matou o primata.

Durante todo o ano de 2017, segundo a SES, seis macacos foram encontrados mortos no Estado, mas os resultados de exames foram negativos para a doença. Os primatas foram encontrados em Corumbá (2), Dourados (1), Ladário (1) e Campo Grande (2).

Não é o animal que provoca a doença, mas o mosquito que transmite o vírus para os bichos e humanos. As mortes de macacos podem apenas funcionar como indicativo da circulação do agente causador.

Casos em humanos - Dos 145 casos de febre amarela em investigação no país, três são de pessoas que podem ter sido contaminadas em Mato Grosso do Sul. O dado também consta no último boletim epidemiológico do ministério.

A secretaria esclarece que as notificações não foram feitas por Mato Grosso do Sul. Os pacientes com suspeita da doença são tratados em São Paulo e foi a secretaria de saúde do Estado vizinho que informou o ministério da apuração. Estas pessoas teriam passado pelo Estado recentemente.

A SES informou ainda, por meio da assessoria de imprensa, que sequer havia sido avisada das investigações e que pediu esclarecimento ao ministério.

Nenhum caso de febre amarela foi confirmado em Mato Grosso do Sul. Por isso, não há motivo para pânico, garante a secretaria. O último caso de febre amarela em humanos registrado em Mato Grosso do Sul foi em 2015, de um viajante que contraiu a doença em outro Estado.

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