Golpistas prometiam lucro de 1000% em negócio de exploração de ouro
Para atrair vítimas para negócios relacionados a exploração de mina de ouro, golpistas alvos da Operação Ofir prometia lucro de até 1000% em cima do valor investido.
Em um dos endereços onde a PF (Polícia Federal) cumpre mandado, na Company Consultoria Empresarial, empresa que fica na Rua Arthur Jorge e é um dos alvos da força-tarefa, pessoas que dizem ter caído no golpe acompanham a ação dos policiais em parceria com equipe Receita Federal.
Segundo a PF, os estelionatários vendiam a ideia da existência de uma mina de ouro que foi explorada há muito tempo, mas que os valores das comissões de revenda feitas ao exterior ainda estariam sendo repatriados. O direito aos montantes poderiam ser cedidos e vendidos a terceiros, obviamente, mediantes adiantamentos em dinheiro. “Existe, inclusive, a esdrúxula figura de contrato de doação mediante pagamento”, detalhou a Polícia Federal.
Outra modalidade de golpe é a promessa de liberação de uma antiga LTN (Letra do Tesouro Nacional).
Para entrar nos negócios, as vítimas eram, portanto, induzidas a depositar quantias para ter o lucro, considerado pela PF desproporcional e inviável financeiramente.
Para dar credibilidade às propostas, os golpistas falsificavam documentos de instituições públicas federais.
A PF estima que milhares de pessoas tenham sido induzidas a investir economias nos contratos, que a organização chamava de operações SAP e Aumetal.
Operação – Policiais federais junto com a Receita Federal estão nas ruas de Campo Grande , Terenos, Goiânia (GO) e Brasília (DF) para cumprir 19 mandados – 11 de busca de apreensão, 4 de prisão temporária e 4 de condução coercitiva.
O nome da operação, Ouro de Ofir, é inspirado em uma cidade mitológica da qual seria proveniente um ouro de maior qualidade e beleza. Tal cidade nunca foi localizada e nem o metal precioso que seria de origem dele.