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Cidades

Governo incorpora metade do abono e servidores encerram greve em escolas

Executivo encaminhou proposta que prevê a incorporação de 50% do abono de R$ 200 em outubro

Gabriel Neris e Kleber Clajus | 13/04/2018 17:42
Trabalhadores se reuniram na tarde desta sexta-feira em Campo Grande (Foto: Fernando Antunes)
Trabalhadores se reuniram na tarde desta sexta-feira em Campo Grande (Foto: Fernando Antunes)

A negociação entre governo do Estado e servidores administrativos da educação avançou e a paralisação dos trabalhadores vai ser encerrada na segunda-feira. O Executivo encaminhou proposta que prevê, para outubro, a incorporação nos salários de 50% do abono de R$ 200 que está sendo pago desde 2016. Os os outros 50% do abono serão incorporados  em maio de 2019, segundo a proposta.

Aceita pelos trabalhadores, a proposta também mantém, para a categoria, auxílio-alimentação de R$ 100 até a data definitiva do abono. Cerca de 350 representantes sindicais participaram na tarde desta sexta-feira (13) de assembleia na sede da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.

O presidente da Fetems, Jaime Teixeira, afirmou que o acordo “garante que a tabela inicial não fique abaixo do salário mínimo a partir de outubro. Esses trabalhadores são os que menos recebem e com a greve houve o reconhecimento da sociedade de ver a importância destes trabalhadores nas escolas. Aceitar a proposta implica em suspender a greve a partir de segunda-feira”.

Assembleias foram realizadas nos municípios do interior e também na Capital. O presidente do Sintede (Sindicato dos Servidores Administrativos da Educação Pública Estadual de Campo Grande), Wildes Ovando, aponta que a categoria está satisfeita com a proposta.

“Tencionamos o governo por uma semana e vimos que avançamos. Saímos de 3,04% de reajuste [sem o abono] para 12%. Vamos ser a única categoria a ter incorporação de 50% do abono neste ano”, afirmou Ovando.

São 5,9 mil trabalhadores administrativos na educação, responsáveis por serviços como portaria, merenda e limpeza. O governo também se comprometeu a realizar concurso público até junho, a fim de reduzir parte do déficit de 50% nos quadros da categoria. Contudo, não há indicativo sobre o número de vagas e sindicalistas acreditam que a negociação em torno do tema seja retomada após o fim da greve.

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