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Interior

Acaba combustível em postos e comerciantes fazem carreata

Fiscalização do Procon esteve em 50 postos da cidade hoje; quatro já estavam fechados e apenas cinco ainda tinham gasolina

Helio de Freitas, de Dourados | 24/05/2018 14:07
Frentista verifica reservatório vazio em posto localizado ao lado do terminal de transbordo de Dourados (Foto: Dourados Agora)
Frentista verifica reservatório vazio em posto localizado ao lado do terminal de transbordo de Dourados (Foto: Dourados Agora)

Em quase todos os 50 postos de combustíveis da área central e dos bairros de Dourados não há mais combustíveis. A situação é reflexo da greve nacional dos caminhoneiros contra o aumento do óleo diesel. Por ironia do destino, o protesto, além da falta do produto nas bombas, causou aumento no preço da gasolina, diesel e etanol.

O desabastecimento na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul só não é total ainda porque alguns estabelecimentos do centro têm um pouco de estoque e continuam atendendo os consumidores, como ocorre em um posto localizado no cruzamento das ruas Hayel Bon Faker e Cuiabá, no centro. Até às 14h o posto ainda atendia pessoas que estavam na fila de dois quarteirões.

Logo pela manhã, quando o Procon iniciou a fiscalização para saber quais estabelecimentos adotaram aumento abusivo de preços, quatro postos de Dourados já estavam fechados por falta de combustíveis.

Outros 45 postos estavam com o estoque no fim, segundo o diretor do Procon, Mário Cerveira. Com apoio do Ministério Público, os fiscais pediram aos funcionários dos postos para abrir os reservatórios e quase todos não tinham mais combustíveis.

“Alguns tinham um pouco de etanol e diesel e outros tinham um pouco da gasolina mais cara. Menos de cinco postos da cidade ainda têm alguma coisa de combustível”, afirmou ele ao Campo Grande News.

Em apoio à greve dos caminhoneiros, comerciantes da cidade estão organizando uma carreata para a tarde de hoje. A saída está prevista para 15h da área central em direção ao Trevo da Bandeira, na saída para Ponta Porã e Caarapó, onde tem um bloqueio de caminhões.

Autuados – Mário Cerveira disse que todos os 45 postos onde os fiscais estiveram hoje foram notificados por suspeita de aumento abusivo de preços. Quinze foram autuados. Os estabelecimentos têm prazo de dez dias para apresentar as notas de compra e de venda dos combustíveis para comprar o aumento verificado hoje.

“A fiscalização levou como base os preços apontados na pesquisa que o Procon fez no dia 14 deste mês. Teve posto que aumentou o valor da gasolina em R$ 1,20. Após os postos apresentarem as notas, vamos instaurar um processo administrativo para apurar se houve abuso e enviar a documentação para o Ministério Público”, afirmou Cerveira.

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