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Interior

Acordo de R$ 150 milhões garante pagamentos a operários da UFN3

A conciliação encerra cerca de 1,4 mil processo abertos contra a empresa por ao menos 5 mil trabalhadores

Anahi Zurutuza | 16/09/2019 13:27
Planta da UFN3 em Três Lagoas; obra está abandonada desde 2014 (Foto: Divulgação/Ministério do Planejamento)
Planta da UFN3 em Três Lagoas; obra está abandonada desde 2014 (Foto: Divulgação/Ministério do Planejamento)

A Justiça do Trabalho intermediou e conseguiu fechar acordo de R$ 150 milhões entre as UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3), em Três Lagoas, e os operários que trabalharam na construção da fábrica. A conciliação encerra cerca de 1,4 mil processo abertos contra a empresa que beneficiam ao menos 5 mil trabalhadores diretos e indiretos.

De acordo com o juiz do trabalho, Márcio Alexandre da Silvia, a expectativa é que ainda neste mês, operários comecem a receber a indenizações trabalhistas e até o fim do ano pelo menos metade dos processos estejam finalizados. “Em 2019, estimamos pagar o valor de R$ 53 milhões”.

O magistrado explica que os valores são aproximados porque “muitos desses processos ainda estão em grau de recurso no Tribunal”. “Por isso, após retornarem para o juízo da execução, as sentenças serão liquidadas, isto é, quantificadas, para se saber o valor exato do passivo a ser pago”, esclarece.

As maior parte das ações começou a tramita em 2014, quando as obras da fábrica de fertilizantes pararam e houve demissão em massa. 

O acordo será formalizado nesta terça-feira (17) durante a abertura da 9ª Semana Nacional de Execução Trabalhista, que acontece de 16 a 20 de setembro em todo o Brasil. O evento é organizado pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 24ª Região e será realizado na sede do órgão, no Parque dos Poderes, a partir das 9h.

A abertura será feita pelo coordenador da Comissão Nacional da Efetividade da Execução Trabalhista, ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Cláudio Brandão.

Venda – A UFN3 deve ser vendida ao grupo russo Acron. Em agosto, o Campo Grande News apurou que a Petrobras, em comunicação ao Estado, confirmou que oficializaria ainda naquele mês o acordo de compra e vendo.

O negócio é bastante esperado, para tirar do “limbo” o projeto parado há cinco anos, apesar de estar com mais de 80% das obras pronto. Nada foi fechado ainda.

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