Advogado que matou ex-líder do PSL alega inocência e tenta liberdade
Réu diz que tem emprego fixo e não representa risco à sociedade
Alegando inocência, o advogado Alexandre França Pessoa, de 42 anos, tenta novamente na Justiça garantir liberdade depois de ser preso como principal suspeito da morte de Fernanda Daniele de Paula Ribeiro dos Santos, de 36 anos, ex-presidente do Diretório Municipal do PSL em Nova Andradina. Em pedido, a defesa alega que as provas anexadas no processo não são fortes o bastante para o implicar no homicídio.
“É inegável que ele não praticou os crimes descritos na denúncia, estando a autoria duvidosa e incerta, injusta a prisão”, diz petição protocolada ontem (16). A defesa alega ainda que Alexandre colaborou com as investigações e agiu de boa fé. Além disso, é réu primário, tem bons antecedentes, profissão comprovada e não representa risco à sociedade. O pedido é para que ele seja colocado em prisão domiciliar ou faça uso de tornozeleira eletrônica.
O pedido será analisado pela 2ª Vara do tribunal do Júri de Campo Grande, onde corre a ação.
O crime - O corpo de Fernanda Daniele Santos foi encontrado no dia 29 de abril, por volta das 6h20, em plantação de milho perto da MS-276, entre Nova Andradina e Batayporã. Fernanda foi degolada e o corpo arrastado para o local.
Prints de mensagens trocadas pela vítima reforçam a tese de que ciúmes foi a principal motivação para a morte. Depoimentos e mensagens printadas, no notebook e celular de Fernanda, mostram que ela conversava com outros homens além do advogado, o que pode ter causado ciúmes em Alexandre.
Conforme testemunhas, o advogado prometia se casar com Fernanda, mas estava em processo de divórcio e não deixava a casa da antiga mulher.