Com DNA encontrado no local do crime, advogado é indiciado por matar namorada
Ele está preso em uma cela especial no Presídio Militar de Campo Grande
A Polícia Civil concluiu nesta sexta-feira (28), as investigações sobre a morte de Fernanda Daniele de Paula Ribeiro dos Santos, 36 anos, ocorrida em abril. O corpo foi encontrado há exatamente um mês em uma plantação de milho no cascalho que liga os municípios de Batayporã e Nova Andradina. Preso em uma cela especial em Campo Grande, Alexandre França Pessoa, 44 anos, suspeito pelo feminícidio, teve a prisão temporária decretada.
Conforme informou o delegado responsável pelo caso, Felipe Davanso, da Delegacia de Bataguassu, foram realizadas análises e submetidos os materiais apreendidos a exames periciais. “Os laudos concluíram pela presença de material genético da vítima tanto nas vestimentas apreendidas na residência quanto no interior do veículo do investigado”, explica.
“No local teria procedido a apreensão de telefone celular, algumas vestimentas, panos bem como o veículo do investigado, todos submetidos a exame pericial e análise pelos Investigadores de Polícia, oportunidade em que, teria se angariado elementos suficientes para se representar pela prisão temporária dele”, a prisão contou com manifestação favorável do Ministério Público e decretada pelo Poder Judiciário, com cumprimento no último dia 02 de maio.
Ainda conforme informações do delegado, Alexandre foi indiciado e se reservou em seu direito constitucional de permanecer em silêncio, mas devido as provas encontradas tanto em seu carro, quanto em outros objetos periciados, ele foi indiciado e responderá por feminicídio.
No dia 2 deste mês, o suspeito foi preso em Nova Andradina e chegou a passal mal com uma crise de hipertensão, mas recebeu atendimento médico e permanece preso. Ele foi transferido para o presídio Militar de Campo Grande, onde se encontra em uma cela especial.
Caso - Conforme apurado pela investigação, a vítima Fernanda e o suspeito possuíam um relacionamento amoroso, o qual era muito conturbado, conforme informações repassadas pela Polícia, e no dia em que Fernanda foi morta, 28 de abril, teriam marcado de se encontrar, no início da noite.
Conforme Davanso, este encontro foi comprovado tanto através dos elementos contidos no telefone celular do investigado quanto em outras imagens de câmeras de segurança do entorno da cidade e oitiva de testemunhas.
“Se não bastasse, após a prática do crime, o indiciado teria tentado se desfazer de elementos probatórios atinentes à investigação, razão pela qual, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do investigado, em razão de entender estarem preenchidos os requisitos legais e aguarda decisão do Poder Judiciário”, diz.
O delegado explica que o prazo da prisão temporária (30 dias) termina na próxima segunda-feira, oportunidade em que os autos de Inquérito Policial serão remetidos ao Poder Judiciário e Ministério Público. A Polícia Civil representou pela prisão preventiva do suspeito.