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Interior

Após 9 horas de espera, Câmara de Vereadores reabre sessão e reelege Idenor

Helio de Freitas, de Dourados | 03/10/2014 22:05
Sessão ficou suspensa por liminar de juíza douradense, mas Câmara conseguiu recurso no TJ/MS e reelegeu mesa diretora para mais dois anos (Foto: Thiago Morais)
Sessão ficou suspensa por liminar de juíza douradense, mas Câmara conseguiu recurso no TJ/MS e reelegeu mesa diretora para mais dois anos (Foto: Thiago Morais)

A Câmara de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, reelegeu na noite desta sexta-feira o vereador Idenor Machado (DEM) para mais dois anos como presidente do Legislativo. A eleição foi realizada com 60 dias de antecedência após uma mudança no Regimento Interno da Casa.

A sessão foi aberta às 9h de hoje e ficou pelo menos nove horas suspensa, até a Câmara conseguir derrubar no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) a liminar que barrava a eleição, concedida ontem pela juíza Dileta Terezinha Souza Thomaz. O agravo de instrumento favorável a Idenor foi dado pelo desembargador Sideni Soncini Pimentel, da 5ª Câmara Cível.

A chapa única inscrita para ocupar a mesa diretora – formada ainda por Cirilo Ramão (PTC) como vice-presidente, Dirceu Longhi (PT) como primeiro secretário e Pedro Pepa (DEM) como segundo secretário – recebeu 14 votos favoráveis e dois contrários. Votaram contra a vereadora Virgínia Magrini (PP) e o Pastor Sergio Nogueira, que havia entrado com mandado de segurança para suspender a sessão.

Três vereadores estavam ausentes – Alan Guedes (DEM), Marcelo Mourão (PSD) e Maurício Lemes Soares (PSB). Maurício foi voz isolada contra a alteração da Lei Orgânica do Município que permitiu a reeleição dentro da mesma legislatura. Antes o vereador só podia concorrer de forma consecutiva ao cargo de presidente ao iniciar uma nova legislatura, como ocorreu com Idenor em 2013.

Para deferir o pedido de efeito suspensivo, o desembargador acatou os argumentos do advogado de Idenor, Sérgio Henrique Pereira Martins de Araújo, de que a antecipação da eleição estava respaldada, já que o Regimento Interno tinha sido alterado com o voto da maioria dos vereadores. Além disso, segundo Sideni Soncini Pimentel, a liminar suspendendo a sessão representa “odiosa interferência nos destinos da autonomia e independência do Poder Legislativo Municipal em questão”.

Após a votação que lhe garante mais dois anos como presidente da Câmara, Idenor afirmou que a vontade da maioria prevaleceu. Durante o dia, enquanto aguardava o recurso no TJMS, o vereador democrata criticou indiretamente a decisão de Sergio Nogueira de entrar com mandado de segurança contra a sessão, ao afirmar que o problema foi criado por “por interesses pessoais”.

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