Após ameaça de massacre, adaga e celulares de estudantes do IFMS são apreendidos
Polícia Civil investiga o caso; três estudantes faziam ameaças contra minorias em grupo de mensagens
Polícia Civil de Coxim, em conjunto com a DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), cumpriu mandados de busca e apreensão de aparelhos celulares para apurar a prática de crimes de ameaça que envolvem estudantes do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) nesta semana.
A apreensão se deu após o conhecimento de grupos criados para planejar ataques contra alunos membros da comunidade LGBTQIAP+. Uma das mensagens, a qual o Campo Grande News teve acesso, incitava ações de violência e ataques preconceituosos.
Na segunda (3), equipe policial do município, localizado a 253 quilômetros da Capital, apreendeu diversos aparelhos e adaga na residência de um dos envolvidos. De acordo com as mensagens, um massacre estaria marcado para a última quinta-feira (5). Todo o ataque era combinado por três adolescentes por meio de mensagens trocadas em um grupo.
Com a ameaça, os policiais estão realizando rondas ostensivas em escolas do município para evitar qualquer atividade suspeita. Segundo a investigação, um dos adolescentes que integrava o grupo já deixou os moradores do município apavorados, em 2021, ao mandar áudios com ameaças de massacre na maior escola estadual do município.
Conforme noticiado pelo Campo Grande News, o Sinasefe/MS (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) cobrou ações para conter e evitar casos recorrentes nos campi do instituto. A nota divulgada solicita “que o IFMS apresente um relatório detalhado sobre as medidas de segurança adotadas em todos os campi da instituição, bem como sobre as ações preventivas para evitar que episódios de violência ocorram novamente”.
O sindicato cobra ações mais efetivas por parte da reitoria e a implementação de ações em parceria com órgãos de investigação, como o Ministério Público e Polícias Civil ou Militar, para interceptar possíveis crimes dentro da instituição. Foi sugerido também a criação de canal de denúncia direta, em parceria com os órgãos de competência, para que o sindicato possa interceptar os ataques, que na maioria das vezes acabam subnotificados.
A reportagem entrou em contato com o IFMS, mas a instituição não respondeu até a publicação da matéria. O espaço segue aberto para manifestação.