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Interior

Após operação do Gaeco, Justiça manda apreender ônibus escolares

Cinco veículos foram encaminahdos à Prefeitura de Bela Vista, que será fiel depositária dos ônibus; MPMS apura crimes de corrupção, fraude em licitação e peculato

Humberto Marques | 04/05/2018 17:02
Cinco veículos foram levados para o pátio da Prefeitura de Bela Vista, que será fiel depositária dos ônibus. (Foto: MPMS/Divulgação)
Cinco veículos foram levados para o pátio da Prefeitura de Bela Vista, que será fiel depositária dos ônibus. (Foto: MPMS/Divulgação)

A juíza Penélope Mota Calarge Regasso, de Bela Vista –a 322 km de Campo Grande– acatou pedido do MPMS (Minitério Público de Mato Grosso do Sul) e deceretou a apreensão de cinco ônibus escolares de uma empresa investigada por suspeita de irregularidades em licitação para o transporte de alunos. A medida, conforme a Promotoria, foi cumprida na quinta-feira (3), sendo decorrente da operação Linha Marcada, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado).

Os veículos pertencem à empresa Larissa Alfonso Pereira Eireli-ME e ficarão sob responsabilidade da Prefeitura de Bela Vista, nomeada como fiel depositária, a fim de evitar a deterioração manter operante o serviço de transporte escolar, sem prejuízo para os estudantes da rede pública municipal. Os veículos já estão no pátio da prefeitura.

O titular da 1ª Promotoria de Justiça de Bela Vista, Willian Marra Silva Júnior, afirma que as investigações apontaram indícios de crimes licitatórios cometidos pelos responsáveis pela empresa e servidores públicos, “revelando que ônibus foram adquiridos com o objetivo de frustrar procedimentos licitatórios em favor de determinado grupo de pessoas”, motivando o pedido de sequestro de bens da empresa investigada.

A Linha Marcada foi realizada em 11 de abril, apurando ainda crimes como corrupção, fraude a licitação, organização criminosa e peculato. Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, inclusive nas Secretarias Municipais de Saúde e Educação e no Paço Municipal bela-vistense, bem como visitados dois endereços da vizinha Caracol. A ação culminou no cumprimento de oito mandados de prisão temporária.

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