Após publicarem na internet, dois homens são presos por caça de onça-parda
Caso aconteceu em fazenda próxima à MS-384, na divisa entre os municípios de Caracol e Porto Murtinho
Dois homens foram presos em flagrante pela PMA (Polícia Militar Ambiental) na quarta-feira (24), após publicarem nas redes sociais imagens de uma caçada ilegal realizada em uma fazenda localizada próxima à MS-384, na divisa entre os municípios de Caracol e Porto Murtinho, a aproximadamente 395 km da Capital.
De acordo com o tenente Antônio Rondon da Silva, da PMA de Porto Murtinho, a operação foi desencadeada após uma denúncia feita via mídias sociais, após um dos caçadores publicar vídeo e fotos da caçada em seu status no WhatsApp. Embora o conteúdo tenha sido removido posteriormente, o denunciante conseguiu salvar o vídeo e encaminhá-lo à PMA.
No vídeo, que foi obtido pela PMA, é possível observar que os caçadores colocaram cães de caça para morder o animal abatido. Posteriormente, a onça parda foi pendurada em galhos de uma árvore.
Segundo o tenente, duas equipes da PMA, de Porto Murtinho e de Bela Vista, ao tomarem conhecimento das fotos, se reuniram e foram ao local indicado na denúncia. Na fazenda, os agentes encontraram os restos mortais de uma onça parda, animal listado como ameaçado de extinção.
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Também foram descobertas três jaulas de contenção para animais silvestres, dois revólveres e uma espingarda calibre 12. Outros restos mortais de animais foram encontrados no local.
Três indivíduos foram presos no local e encaminhados para a Polícia Civil. Dois deles confessaram o crime, enquanto o terceiro, identificado como o gerente da fazenda, alegou desconhecimento dos fatos. Os dois caçadores também isentaram o gerente de responsabilidade.
Os infratores foram autuados em flagrante e receberam fiança para responderem em liberdade. Cada um dos dois envolvidos que confessaram o crime foi multado em R$ 5 mil. De acordo com o tenente Antônio, a Polícia Civil abriu uma investigação para apurar mais detalhes sobre o caso.
Crime ambiental - De acordo com a Lei 9.605/98, matar, perseguir, caçar, apanhar ou utilizar espécimes da fauna silvestre sem a devida permissão é considerado crime ambiental. Dependendo das circunstâncias, o crime pode ser inafiançável e sujeito a detenção.
O artigo 29 da lei estipula uma pena de detenção de seis meses a um ano, além de multa, para quem cometer esses atos. A pena é aumentada em metade se o crime for praticado contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, como no caso da onça parda.
Confira a galeria de imagens:
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