Brasil e Paraguai iniciam 38ª Operação Nova Aliança contra roças de maconha
Ações ocorrem em áreas de florestas da Mata Atlântica no departamento de Canindeyú
Com apoio da Polícia Federal brasileira, a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) iniciou nesta terça-feira (20) a 38ª edição da Operação Nova Aliança, para erradicar lavouras de maconha na fronteira entre Paraguai e Brasil.
As atuais ações estão concentradas em áreas de florestas remanescentes da Mata Atlântica no departamento de Canindeyú, cuja capital, Salto del Guairá, é vizinha de Mundo Novo (MS).
Helicópteros da PF e da Força Aérea paraguaia dão apoio às ações, para localizar as roças de maconha no meio da mata e levar os agentes até os pontos mapeados, para o corte e incineração das lavouras.
De acordo com a Senad, em quase uma década de ações conjuntas, a Nova Aliança já destruiu pelo menos 30 milhões de quilos de maconha. A atual edição visa combater as roças da droga cultivadas em áreas de preservação ambiental e terras de povos originários.
Reconhecida como a maior ação policial internacional de cooperação já registrada, a Nova Aliança já erradicou pelo menos 2.000 toneladas de drogas somente nas duas etapas ocorridas em 2023. A quantidade representa quase metade da maconha apreendida anualmente em todo o mundo, segundo dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime.
Conforme a PF, a 38ª edição da operação ocorre como forma de destacar o Dia Internacional de Combate ao Uso Indevido e Tráfico Ilícito de Drogas, instituído pela ONU em 26 de junho. Além disso, o trabalho visa desmantelar e descapitalizar as organizações criminosas presentes na linha internacional.
Levantamentos de inteligência detectaram a necessidade de atuação na área de fronteira situada na região da Reserva da Biosfera Mbarakayu (território paraguaio) e da Ecorregião Florestas do Alto Paraná (Brasil), áreas de florestas remanescentes da Mata Atlântica que estão sendo usadas por narcotraficantes para ocultar cultivos ilícitos de maconha.
