Cinco líderes de protestos de caminhoneiros são presos por extorsão
Caminhoneiros pediram 1 milhão de dólares a ministro para liberar estradas e foram flagrados com 50 mil
Cinco líderes de caminhoneiros paraguaios foram presos nesta quarta-feira (13) acusados de extorsão contra o governo do país vizinho. No mês passado, eles lideraram os bloqueios de estradas em várias regiões do Paraguai, inclusive, na fronteira com Mato Grosso do Sul, em protesto contra o aumento dos combustíveis.
Eles exigiram 1 milhão de dólares do ministro do Interior Federico González para impedir novos bloqueios. Segundo o Ministério Público paraguaio, depois concordaram em reduzir o valor e, no momento em que foram presos, estavam com 50 mil dólares.
Estão presos o presidente da Federação de Caminhoneiros do Paraguai Ángel Zaracho; Roberto Almirón e Vicente Medina, da Federação de Transportadores Autônomos do Paraguai; Juan Friedelin, da Federação de Caminhoneiros do Paraguai e Julio César Solaeche, da Associação de Caminhoneiros Ovetenses.
Eles se negaram a prestar depoimento ao Ministério Público e passaram a noite no quartel da Agrupación Especializada, grupo de elite da Polícia Nacional, em Asunción. A cadeia já “hospedou” traficantes da fronteira e o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, preso com passaporte falso no início de 2020.
Os líderes dos protestos foram presos após denúncia de extorsão feita pelo ministro ao Ministério Público. Segundo a Polícia Nacional, foi Ángel Zaracho que retirou os 50 mil dólares da sede do Ministério do Interior na capital. Todos vão passar por audiência hoje com o juiz Humberto Otazú.