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Interior

Com desabrigados pelas chuvas, prefeito decreta emergência

Bonito registrou 729,5 milímetros de chuva em dois meses, o que é 121% superior à média histórica

Caroline Maldonado | 03/03/2023 07:09
Ponte sobre o Córrego Bonito (Foto: Divulgação/Prefeitura de Bonito)
Ponte sobre o Córrego Bonito (Foto: Divulgação/Prefeitura de Bonito)

Em janeiro e fevereiro, já foram registrados 729,5 milímetros de chuva em Bonito, a 257 quilômetros de Campo Grande. O volume é 121% superior ao da média histórica deste período, que é de 329 mm. As águas causaram alagamentos e deixaram famílias desabrigadas e desalojadas. Por isso, o prefeito Josmail Rodrigues (PSB) decretou situação de emergência.

Na sexta-feira (24), foram registrados 173 mm em um intervalo de 6 horas, o que causou alagamentos em diversos pontos da cidade, deixando pessoas ilhadas na área urbana e rural.

No decreto, o prefeito explica que os atrativos turísticos ainda fechados deixam de gerar receita, tanto para os proprietários quanto para o município, como é o caso do Balneário Municipal, que segue fechado e sem previsão de reabertura devido ao nível do Rio Formoso. O prefeito se baseou em dados do relatório da Defesa Civil para decretar a situação de emergência, nesta quinta-feira (2).

Com o decreto, fica autorizada a mobilização de todos os órgãos municipais para atuarem nas ações de resposta para minimizar os efeitos causados pela chuva e compras e serviços emergenciais sem necessidade de licitação.

O Corpo de Bombeiros registrou na sexta seis ocorrências de alagamento e no sábado (25) mais cinco ocorrências na área urbana e na Ponte do Córrego Anhumas, cerca de 15 km da cidade. A Guarda Civil Municipal e Secretaria de Assistência Social atenderam outras três ocorrências de alagamento em residências na sexta.

Conforme o relatório, na área rural, a chuva provocou erosões em estradas vicinais, abertura de dolinas, carreamento de sedimentos e assoreamento nos rios Formoso, Mimoso, Anhumas/Formosinho e seus afluentes. Bonito tem mais de 70 mil hectares de área de lavoura, que estão em fase de colheita e escoamento da produção, sendo prejudicadas pelas condições das estradas.

Os rios também saíram de seus leitos e provocaram danos ao patrimônio particular, especialmente em atrativos turísticos, caso do Parque das Cachoeiras, que está no Rio Mimoso. Além disso, às águas fragilizaram pontes e causaram a interdição temporária de estradas vicinais.

No Distrito Águas do Miranda, os loteamentos do Noé, Volta Grande e Córrego da Onça, que ficam a 70 km do núcleo urbano, sofreram com a cheia do Rio Miranda, que atingiu mais de 9,5 m acima do leito na terça-feira (28), deixando 10 famílias desabrigadas e 29 famílias desalojadas, além de 20 famílias ilhadas no loteamento do Noé.

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