Com lojas fechadas, manifestantes ampliam acampamento em quartel
Advogado diz que objetivo é “unidade” e que questionamento às urnas fica para instâncias superiores
Aumentou o número de manifestantes acampados em frente à 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada do Exército em Dourados, a 251 km de Campo Grande. O acampamento começou no feriado de Finados, três dias após a eleição presidencial.
Apesar do pequeno número de empresas fechadas nesta segunda-feira (7), durante o protesto nacional de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro contra o resultado da eleição, participantes do ato afirmam que o acampamento ganhou reforço durante o dia.
O grupo está acampado nas margens da Avenida Guaicurus, trecho da MS-162 que liga o centro de Dourados ao aeroporto municipal e aos campi da UFGD e da Uems.
Apesar de uma tenda montada na rotatória em frente ao portão principal do quartel e do acesso ao CGT (Centro de Tradições Gaúchas), a rodovia não foi bloqueada. A estrada é um dos acessos à fronteira com o Paraguai e ao município de Maracaju.
Caminhões e veículos menores permanecem estacionados dentro do espaço do CTG, cuja estrutura também é usada para o preparo de refeições.
“As pessoas aqui são todas voluntárias, aqui não existe líder. O movimento é pacífico, não existe obstrução e todos têm o direito de ir e vir. A finalidade é a unidade brasileira. Resultado de urna é para ser tratado nas instâncias superiores, aqui não temos competência para opinar a respeito disso”, afirmou o advogado Florisvaldo Silva.
Hoje, pelo menos 200 empresas de Dourados fecharam as portas em apoio ao movimento que contesta a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lojas de revenda de produtos agropecuários, empresas de materiais de construção e garagens de revenda de veículos usados formam a maioria das portas cerradas nesta segunda-feira na maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul.