Comércio de Dourados rejeita fechamento e quer só reduzir horário de lojas
Após reunião hoje à tarde, representantes de lojas e de empregados recomendaram que prefeita assine decreto com horário reduzido
Empresários e trabalhadores do comércio de Dourados, a 233 km de Campo Grande, ainda não admitem fechar as portas para tentar barrar a proliferação do novo coronavírus. Reunidos na tarde desta quinta-feira (19), representantes do setor elaboraram proposta encaminhada à prefeita Délia Razuk (PTB) pedindo a assinatura de decreto reduzindo o horário de funcionamento das lojas do centro e do Shopping Avenida Center, o único de Dourados.
A segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul tem três casos suspeitos e ainda nenhum confirmado. Foram 14 casos suspeitos notificados até agora. Sete foram descartados e quatro excluídos por não se enquadrarem nos parâmetros definidos para a Covid-19.
Segundo documentos obtidos pelo Campo Grande News, representantes do Sindicato dos Empregados do Comércio, do Sindicato do Comércio Atacadista e Varejista, da Aced (Associação Comercial e Empresarial de Dourados), do Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares e Restaurantes, da regional da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e do Shopping Avenida Center querem que as lojas funcionem de 10h às 18h de segunda a sábado.
Atualmente as lojas do centro funcionam das 8h às 18h. Já o shopping, segundo a proposta dos comerciantes e trabalhadores, passaria a funcionar das 12h às 20h de segunda a sábado e das 14h às 20h aos domingos e feriados.
Atualmente as lojas do shopping abrem às 10h e fecham às 22h de segunda a sábado. Aos domingos e feriados, abrem às 14h e fecham às 20h. Já a praça de alimentação, pela proposta, passa a funcionar das 11h às 20h, uma hora a menos de manhã e duas a menos à noite.
Os representantes do comércio também pediram que a prefeita determine aos mercados o limite de três unidades de produtos básicos e de higiene pessoal por CPF. Outra recomendação é que a autoridade municipal determine aos mercados a adoção de medidas para restringir a aglomeração de pessoas.
Em outra recomendação, direcionada a todo o setor comercial, os representantes das entidades pediram a adoção de medidas para ajudar a conter a proliferação do novo coronavírus, como fornecimento de material de higienização, organização do ambiente de trabalho para aumentar a distância entre as pessoas, além de trabalho remoto em áreas administrativas e férias às pessoas com idade acima de 60 anos e gestantes.