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Interior

Confirmado em Dourados primeiro caso de ferrugem asiática de MS nesta safra

Helio de Freitas, de Dourados | 02/10/2014 10:45
Caso de ferrugem foi localizado em planta de soja encontrada no perímetro urbano de Dourados (Foto: Divulgação/UFGD)
Caso de ferrugem foi localizado em planta de soja encontrada no perímetro urbano de Dourados (Foto: Divulgação/UFGD)

Foi confirmado o primeiro caso de ferrugem asiática na atual safra de soja de Mato Grosso do Sul. A confirmação foi feita pelo Laboratório de Microbiologia Agrícola e Fitopatologia da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados). A doença foi constatada em uma planta encontrada no perímetro urbano de Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Procurada pelo Campo Grande News, a Fundação MS, de Maracaju, confirmou que se trata do primeiro caso de ferrugem asiática confirmado nesta safra no Estado. O caso também já foi divulgado no site do Consórcio Antiferrugem (parceria entre órgãos públicos e privados para combater a ferrugem asiática da soja). Segundo o consórcio, três casos já foram localizados em Mato Grosso, dois em Santa Catarina e dois no Rio Grande do Sul.

De acordo com a assessoria de imprensa da UFGD, há cerca de 10 dias o estudante de agronomia Paulo Henrique do Nascimento, estagiário do Laboratório de Microbiologia Agrícola e Fitopatologia, encontrou e coletou uma planta de soja em área urbana de Dourados para levar à Clínica de Doença de Plantas da Faculdade de Ciências Agrárias da mesma universidade. Após análise em microscópio, foi confirmada a primeira ocorrência de ferrugem asiática na safra 2014/2015.

O professor Bruno Cezar Alvaro Pontim, da UFGD, afirma que entre as pragas e doenças que podem atingir as plantações de soja, a ferrugem asiática é uma das que mais preocupam os produtores, por afetar a produtividade da lavoura.

Conforme a UFGD, a ferrugem asiática é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Na época de entressafra, o fungo sobrevive em plantas de soja que nascem por acaso ou em outros hospedeiros, pois é incapaz de se manter vivo na palhada. Segundo o pesquisador, além de monitorar as lavouras de soja, é importante que haja uma atenção com as plantas que nascem em beira de estrada ou em meio a outros cultivos – as chamadas plantas “guaxas”.

Ainda segundo a assessoria da UFGD, a ocorrência da doença em plantas voluntárias já foi registrada em safras anteriores. É um indicativo de que o fungo que causa a ferrugem teve boas condições de sobrevivência, propiciadas por um inverno mais ameno. “Os produtores e os técnicos deverão ficar atentos para a doença na safra 2014/2015. Ela é plenamente controlável com um bom acompanhamento das lavouras, sendo que os técnicos dispõem de ferramentas eficazes para seu controle”, orienta a instituição.

Conforme a UFGD, o Laboratório de Microbiologia Agrícola e Fitopatologia da UFGD, onde funciona a Clínica de Doenças de Plantas, está à disposição de produtores e técnicos para auxiliar na identificação e confirmação de ocorrência de doenças tanto da soja, quanto de outras culturas. O telefone é o (067) 3410-2385.

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