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Interior

Demitidos da UFN3 fazem protesto para receber e passar Natal em casa

Caroline Maldonado | 15/12/2014 12:46
Demitidos querem receber acerto para voltar para suas cidades e passar Natal com as famílias (Foto: TL Notícias)
Demitidos querem receber acerto para voltar para suas cidades e passar Natal com as famílias (Foto: TL Notícias)

Mais de 300 funcionários e ex-funcionários do consórcio UFN3 de Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, se reuniram em frente ao prédio da Justiça do Trabalho da cidade nesta manhã. Eles reclamam o pagamento da dívida trabalhista para que possam voltar para suas cidades e passar o Natal com as famílias.

O Sintiespav (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil Pesada) conseguiu na Justiça o bloqueio de R$ 50 milhões das empresas que formavam o consórcio UFN3, responsável pela construção da fábrica de fertilizantes da Petrobras, na cidade.

De acordo com o presidente do Sintiespav, Nivaldo Moreira, deve ocorrer ainda hoje (15) uma reunião entre o sindicato, a Justiça do Trabalho e a Petrobras, para discutir o pagamento das rescisões contratuais e dos salários de quem ainda está trabalhando.

A maioria dos operários é da região Nordeste do país e espera que até o dia 20 deste mês sejam efetuados os pagamentos, segundo o jornal TL Notícias, que acompanhou a manifestação.

Os manifestantes reclamaram que o pagamento para cerca de mil ex-funcionários era previsto para, no máximo, 72h após firmado o último acordo entre a UFN3 e a Justiça do Trabalho. “Até agora nada, ninguém recebeu. Queremos ir embora para a nossa terra e passar o natal ao lado da família. Se for preciso, vamos interdita a avenida aqui”, disse um dos líderes ao jornal TL Notícias.

Outra queixa é quanto a situação da acomodação de todos os trabalhadores, que estão alojados próximo a construção da fábrica de fertilizantes, na BR-158, entre Três Lagoas e Brasilândia. Segundo os manifestantes, os responsáveis pelo local disseram que até este final de semana todos poderão ficar abrigados no local, mas a partir de segunda-feira (22) o prazo se encerra e todos terão que deixar o alojamento.

Acordo – O acordo previa o pagamento em três etapas e a suspensão dos protestos, que incluíram o fechamento de rodovias na sexta-feira (5). O primeiro grupo é formado por 212 colaboradores demitidos e com rescisão vencida até 21/11/2014. O pagamento da rescisão sem a multa relativa do artigo 477 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e sem a multa de 40% do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) deveriam ser feitos até terça-feira (9), mas as parcelas relativas a multa serão pagas posteriormente.

O segundo grupo é comporto por 965 colaboradores com rescisões vencidas entre o dia 22 e 28/11/2014, e o pagamento de R$ 1.300 por pessoa a título de rescisão parcial deveria ser feito também ate terça-feira (9). Já o complemento das rescisões será pago em etapa posterior. No terceiro grupo, estão 1.447 colaboradores da ativa ou demitidos após o dia 01/12/2014, pagamento do salário, limitado a R$ 1.000 por pessoa.

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