ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 30º

Interior

Dose não aplicada em idosa pode ter sido comprada por advogado a R$ 1,5 mil

Servidor que não injetou imunizante em mulher é investigado por tentativa de homicídio

Lucia Morel | 13/04/2021 17:28
Mulher vacinada com ar em Três Lagoas. (Foto: reprodução)
Mulher vacinada com ar em Três Lagoas. (Foto: reprodução)

O MPMS (Ministério Público em Mato Grosso do Sul) investiga compra de doses de vacina contra covid-19 em Três Lagoas, junto a inquérito que verifica a injeção sem imunizante em idosa da cidade.

No dia 30 de março, vídeo postado nas redes sociais mostrava idosa sendo vacinada na cidade, mas a seringa estava vazia. Filho dela confirmou que só após a polêmica, ela recebeu a dose de direito.

No mesmo dia, o MPMS anunciou que encaminharia pedido para abertura de inquérito policial, que corre em sigilo, mas que averígua também a compra por advogado da cidade, pelo valor e R$ 1,5 mil, de duas doses de vacina, possivelmente, a que seria aplicada na vítima.

Segundo o Ministério Público, os suspeitos, inclusive, admitiram ter furado a fila. Um dos investigados é advogado na cidade. “Há pessoas informando que adquiriram a vacina e foram imunizados na cidade, fora dos grupos de risco ou prioritário".

O homem teria afirmado que "pagou R$ 1.500,00 por duas doses de imunizante já tendo recebido a primeira”, sustenta o promotor da 9ª Promotoria de Justiça de Três Lagoas, Luciano Anechini Lara Leite.

Em ofício endereçado ao delegado regional da Polícia Civil no município, Rogério Fernando Makert Faria, o promotor pede a abertura da investigação em âmbito policial, que será acompanhada pelo ministério.

O caso está sendo apurado como tentativa de homicídio praticada por servidor público municipal, já que este, “valendo-se de sua condição, deixou de aplicar regularmente o imunizante em pessoa da faixa de risco e de  atendimento prioritário, assumindo o risco dessa pessoa contrair doença potencialmente fatal”.

Nos siga no Google Notícias