Família de sequestrado na fronteira implora por contato com guerrilheiros
“Estamos desesperados”, disse tio de Jorge Manuel Ríos, levado domingo por grupo terrorista
“Estamos desesperados, se comuniquem conosco. Encontrem uma maneira, estamos esperando para cumprir com vocês”. As palavras são de Carlos Aguilar, tio de Jorge Manuel Ríos, 24, sequestrado na noite de domingo (28) na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.
O rapaz foi levado por guerrilheiros do grupo terrorista ACA (Agrupação Campesina Armada) “Exército do Povo” da fazenda de seu pai, a Estância Dois Irmãos.
A propriedade fica na colônia Norte Pyahu, a 3 km do município de Caracol (MS) e a 20 km do perímetro urbano e de Sargento José Félix López, povoado paraguaio conhecido como Puentesiño, no Departamento (equivalente a Estado) de Concepción.
Em carta escrita em guarani deixada na fazenda, o grupo terrorista exigiu resgate de 200 mil dólares, mas até agora não houve contato com a família de Jorgito, residente em Ciudad del Este, ligada a Foz do Iguaçu (PR) pela Ponte da Amizade.
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (2), o tio do rapaz e porta-voz da família, implorou para um canal de comunicação com os sequestradores e disse que os familiares estão dispostos a negociar para libertar Jorge Ríos.
“Estamos em condições de negociar, mas onde vamos? Com quem falamos, o que fazemos? Esta é a situação, por isso apelamos a vocês porque estamos desesperados”, afirmou Carlos Aguilar.
Ele implorou aos sequestradores para que procurem a família para negociar o pagamento de resgate, evitando assim que o dinheiro pare nas mãos de outras pessoas. Assim como ocorre em outros casos de sequestros na região norte do Paraguai, a família de Jorgito vem sendo alvo de extorsão de bandidos se passando pelos sequestradores.