Família muda planos e corpo de "indiozinho" é levado para aldeia no sul
O corpo do “indiozinho” Edemar Gonçalves da Silva, 4 anos, que morreu nesta quinta-feira (25) após cirurgia cardíaca na Santa Casa de Campo Grande, será levado para a aldeia indígena de Amambai. O transporte será feito pela Pax Universo e deve ocorrer, no máximo, até às 16h30.
Segundo um funcionário da funerária, que preferiu não se identificar, o corpo foi liberado pelo hospital por volta de 8h30 e o procedimento de preparo foi concluído no início da tarde, porém os trâmites burocráticos, como a produção do atestado de óbito, acabaram provocando atraso.
Ainda de acordo com o funcionário, um tio da criança vai acompanhar o corpo durante a viagem. A previsão inicial da família era levar o corpo para a aldeia Jaguapiru, em Dourados, onde vive o tio materno e a irmã que cuidavam de Edemar, mas os avós decidiram, em um último momento, realizar os rituais em Amambai.
Cirurgia - O procedimento para corrigir uma anomalia congênita no coração foi realizado na terça-feira (23), e durou aproximadamente 4 horas. Em seguida, Edemar foi encaminhado para o CTI, onde deveria se recuperar e ser acompanhado por 72 horas – período de maior risco após a cirurgia –, porém ele não resistiu e morreu no início da madrugada desta quinta-feira (25).
O menino esperava desde dezembro de 2014 pelo procedimento, que era considerado de grande risco. No fim da tarde de ontem (24), os rins de Edemar paralisaram, o que agravou o estado de saúde dele. A Santa Casa chegou a informar que o falecimento aconteceu às 5 horas, porém a informação foi corrigida, pois o falecimento aconteceu a 0h20.