Fracassa 1ª tentativa de permuta para nova sede da Câmara de Dourados
Nenhuma empresa se interessou em construir o novo prédio para ficar com a atual sede do Legislativo como pagamento
Fracassou a primeira tentativa da Câmara de Vereadores de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, de encontrar uma empresa interessada em bancar a construção da nova sede do Legislativo e receber como pagamento o prédio onde funciona a atual sede. Nenhuma construtora mandou proposta na licitação feita pela prefeitura e um novo processo foi aberto até o dia 23 de março. Se houver novo fracasso, a Câmara admite a possibilidade de fazer a obra com sobras do repasse mensal feito pela prefeitura. O novo prédio está avaliado em cerca de R$ 6 milhões.
Com 19 vereadores, a Câmara da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul funciona em prédio do patrimônio do município, localizado na Avenida Marcelino Pires, próximo ao shopping da cidade. A ideia do atual presidente, Idenor Machado (DEM), é construir uma sede nova em um terreno do município, de oito mil metros quadrados, no cruzamento das ruas Joaquim Teixeira Alves e Coronel Ponciano, onde existia uma praça – abandonada há anos pelo poder público.
A primeira licitação terminou na semana passada, mas nenhuma empresa oficializou proposta. Sem interessados em assumir a obra, a prefeitura já abriu nova licitação nesta quinta-feira e deu prazo até o dia 23 do próximo mês para apresentação das propostas. Por lei, a sede da Câmara pertence ao município e cabe ao Executivo administrar esse patrimônio.
O prédio projetado a pedido de Idenor Machado terá quase quatro mil metros quadrados de área construída, com dois pisos, estacionamento subterrâneo e 24 gabinetes, embora a cidade tenha 19 vereadores. “Estamos pensando no município com 300 mil habitantes daqui uns anos e se precisar aumentar o número de vereadores já teremos os gabinetes prontos”, alega Idenor.
O presidente do Legislativo douradense já afirmou que se não houver interessado no negócio na segunda tentativa a própria Câmara vai assumir a obra, com sobras do duodécimo repassado pela prefeitura. “Em 2014 economizamos R$ 2,6 milhões do duodécimo. Já devolvemos R$ 1,2 milhão para a prefeitura e depositamos R$ 1,4 milhão. Estamos com esse dinheiro reservado para começar a obra, caso não haja interessado na permuta”, explicou Idenor, que preside a Câmara pela terceira vez consecutiva.
Apesar do gasto elevado com a obra, Idenor defende a ideia de que a nova sede vai melhorar o atendimento à população. “Decidimos propor a nova sede em atenção às reclamações do público. Aqui não tem estacionamento suficiente, o prédio foi construído para ser uma agência bancária e teve de ser todo adaptado para abrir os gabinetes. Até a rede sanitária é precária”.