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Interior

Governo paraguaio investiga primeiro caso suspeito de coronavírus

Empresário esteve na região chinesa onde surgiram primeiros casos e retornou ao Paraguai no dia 25 deste mês

Helio de Freitas, de Dourados | 29/01/2020 10:23
Ministro da Saúde do Paraguai Julio Mazzoleni em entrevista coletiva nesta manhã, em Asunción (Foto: ABC Color)
Ministro da Saúde do Paraguai Julio Mazzoleni em entrevista coletiva nesta manhã, em Asunción (Foto: ABC Color)

Separado de Mato Grosso do Sul por 800 quilômetros de fronteira, o Paraguai é mais um país da América do Sul a registrar suspeita do novo coronavírus. Estados brasileiros vizinhos, Paraná e Minas Gerais, também já registraram casos suspeitos, além do Rio Grande do Sul.

Nesta quarta-feira (29), o ministro da Saúde do Paraguai Julio Mazzoleni informou que o primeiro caso suspeito trata-se de um homem que chegou no dia 25 deste mês da Espanha. Antes, o empresário esteve na China a passeio, voltou para a Europa e no sábado retornou a seu país de origem. O governo não revelou a cidade em que o homem mora.

Segundo o ministro, o empresário apresentou febre e procurou a saúde pública, preocupado com sua família. Antes de apresentar os sintomas, ele esteve em um restaurante com os familiares, na segunda-feira. Além dele, pelo menos 35 pessoas que estiveram na China nos últimos dias estão sendo monitoradas. Em 13 delas já foi descartada a presença do vírus.

Em entrevista coletiva nesta manhã em Asunción, capital do Paraguai, Julio Mazzoleni disse que o material coletado desse paciente com suspeita de coronavírus foi enviado para exame nos Estados Unidos.

“Visitamos sua casa, coletamos amostra e enviamos aos Estados Unidos, única instância autorizada para fazer os exames. O homem está preocupado por ele e por sua família. Está isolado em sua casa e o visitamos permanentemente”, afirmou hoje o diretor-geral de Vigilância de Saúde do Paraguai, Guillermo Sequera.

O médico criticou a xenofobia já presente em território paraguaio por conta do novo coronavírus. Segundo ele, não seria apenas uma pessoa oriental que poderia trazer o vírus para o país. Afirmou que o racismo e falta de civismo dificultam até mesmo para identificar pessoas que estiveram recentemente na China.

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