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Interior

Hospital não consegue aumento de repasse e enfermeiros continuam com greve

Mariana Rodrigues | 13/08/2015 17:11
Enfermeiros estão há três meses sem salários. (Foto: SIEMS/ Divulgação)
Enfermeiros estão há três meses sem salários. (Foto: SIEMS/ Divulgação)

Os profissionais de enfermagem do Hospital Beneficente São Vicente de Paula e Bela Vista - distante a 322 km de Campo Grande, mantém a greve após reunião na tarde desta quinta-feira (13), com o prefeito Renato de Sousa Rosa, representantes do Governo do Estado e sindicato, onde ficou decidido que o aumento do aporte financeiro para regularizar a situação do hospital não será feito de imediato.

Segundo informações do presidente Siems (Sindicato dos Trabalhadores da Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), Lazaro Santana, havia uma expectativa muito grande com relação a essa reunião que contou também com a presença dos profissionais da área, onde foram informados pela comissão do governo do estado que investimentos serão feitos no hospital, mas alguns serviços terão que ser implantados para que o aumento da arrecadação seja feito.

"A reunião foi bem produtiva, mas para que o investimento saia, o hospital precisa implantar alguns serviços como ortopedia, sala de estabilização para gestantes de auto risco, entre outros serviços da qual o hospital não conta atualmente, sem nada concreto o aumento de arrecadação não será feito", afirma Santana.

Ainda durante a reunião, o prefeito informou que até esta sexta-feira (14), vai dar uma resposta para a categoria sobre a implantação desses serviços nos Hospital, para que receba o recurso e consiga colocar em dia a folha de pagamento dos funcionários que estão há três meses sem receber seus salários.

Um dos enfermeiros que aderiu a greve, Marcio Adriano da Silva, 39 anos, conta que trabalha há seis anos no hospital e esta é a primeira vez que ocorre o atraso do pagamento. "Eu sou de Caracol então aluguei uma casa em Bela Vista para trabalhar no hospital. Com esse atraso no nosso pagamento eu estou com as contas atrasas e inclusive o aluguel, estou tendo que pedir ajuda ao familiares para conseguir me manter", conta.

Com a greve apenas 30% dos profissionais estão trabalhando, dessa forma, são são atendidos pacientes classificados como urgência e emergência. Referência na região, o hospital atende cerca de 50 mil pessoas dos municípios de Bela Vista, Caracol, Porto Murtinho e Antônio João. Também recebem pacientes do Paraguai das cidades São Carlos e Bella Vista-Norte.

A instituição de saúde alega falta de recursos e destaca que o aporte financeiro do governo, no valor de R$ 15 mil reais, é insuficiente tendo em vista que as despesas chegam a R$ 650 mil.

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