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Interior

Juiz decreta prisão de comerciante que matou oficial de Justiça aposentado

Magistrado citou extrema violência praticada por Letícia Vieira Pires contra Gesualdo Xavier

Por Helio de Freitas, de Dourados | 25/07/2024 09:11
Letícia Vieira Pires, presa pelo assassinato de oficial de Justiça aposentado (Foto: Reprodução)
Letícia Vieira Pires, presa pelo assassinato de oficial de Justiça aposentado (Foto: Reprodução)

O juiz Evandro Endo decretou a prisão preventiva da comerciante Letícia Vieira Pires, 27, acusada de assassinar o oficial de Justiça aposentado Gesualdo Xavier, 67, o “Xaxá”.

Em audiência de custódia nesta quarta-feira (24), o magistrado citou a extrema violência praticada por Letícia, que matou Gesualdo com facadas no pescoço dentro do carro, o arrastou até a vegetação e depois ateou fogo ao corpo.

O crime ocorreu segunda-feira (22) e o corpo de Gesualdo foi encontrado no dia seguinte na margem da BR-163, entre Dourados e Douradina. Segundo a Polícia Civil, Letícia teria matado Gesualdo para ficar com R$ 84 mil da venda de uma caminhonete S10 pertencente à vítima.

Dona de uma conveniência na Avenida Hayel Bon Faker, área central de Dourados, Letícia também teria negociado a venda de um apartamento inexistente para o oficial de Justiça aposentado. Pressionada para entregar o apartamento ou devolver o dinheiro, Letícia teria planejado o assassinato.

Informalmente, segundo o SIG (Setor de Investigações Gerais), a comerciante confessou o crime. Entretanto, durante interrogatório na delegacia, ela se manteve em silêncio.

“Observo que o delito foi cometido com extrema violência, por meio de golpes de faca no pescoço com posterior carbonização da vítima e desova às margens de uma rodovia. Por esse motivo, a conduta concreta desborda de qualquer situação pessoal favorável”, afirmou o magistrado.

Segundo entendimento do magistrado, a prisão é necessária para garantir a ordem pública devido à periculosidade concreta da conduta de Letícia, “não sendo possível a concessão de medidas cautelares diversas da prisão”. Evandro Endo também determinou a quebra de sigilo telefônico da comerciante.

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