Justiça nega pedido e ex prefeito de Maracaju segue foragido
Sem informar datas, o advogado afirmou que o cliente ainda deve se apresentar
A Justiça de Mato Grosso do Sul negou o pedido de revogação da prisão temporária contra o ex prefeito de Maracaju Maurílio Azambuja (MDB). A informação foi confirmada nesta tarde (24), pelo advogado de Maurílio, Rodrigo Dalpiaz.
Maurílio é investigado pelo desvio de R$ 3 milhões do erário municipal e segue foragido desde a Operação Dark Money, deflagrada na quarta-feira (22), pelo Dracco (Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado). Dos 7 mandados de prisão expedidos, apenas o de Maurílio não foi cumprido. Segundo Dalpiaz, o cliente estava em viagem ao Pantanal, porém informou que se apresentaria ontem à delegacia, antes de protocolar o pedido de habeas corpus.
Sem informar datas, o advogado ainda afirmou que o foragido deve se apresentar.
Nesta tarde, Dalpiaz acompanha o outro cliente, Lenilso Carvalho Antunes, secretário de Finanças de Maracaju na época, para ser ouvido. Lenilso foi preso em Umuarama (PR) por policiais paranaenses.
Durante a operação, também foram presos Daiana Cristina Kuhn, Iasmin Cristaldo Cardoso, Pedro Everson Amaral Pinto, Fernando Martinelli Sartori e Moisés Freitas Victor. Os três últimos foram ouvidos ontem (23) na sede do Dracco, no entanto, disseram que só prestarão informações em juízo. Já as duas mulheres seriam ouvidas nesta sexta-feira.
Pedro é dono de uma tapeçaria onde Moisés trabalhava e é ex-sogro de Fernando. A empresa mantinha uma conta bancária que era usada para o desvio dos recursos dos cofres municipais de Maracaju.
A operação investiga desvio de pelo menos R$ 23 milhões em dinheiro público através de conta bancária “fantasma” utilizada em 2019 e 2020, os dois últimos anos da administração do ex-prefeito Maurílio Azambuja (MDB).