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Interior

Mesmo com prisões em plenário, Câmara mantém julgamento de vereador

Presidente da Câmara disse que há quorum suficiente para manter julgamento de Junior Rodrigues por quebra de decoro

Helio de Freitas, de Dourados | 30/08/2019 19:00
Observado por promotora, presidente da Câmara Alan Guedes assina notificação entregue a mando da Justiça (Foto: Diário MS)
Observado por promotora, presidente da Câmara Alan Guedes assina notificação entregue a mando da Justiça (Foto: Diário MS)

Mesmo com a prisão em plenário dos vereadores Pedro Pepa (DEM) e Pastor Cirilo Ramão (MDB), continua a sessão da Câmara de Dourados para julgamento do pedido de cassação do vereador Junior Rodrigues (PL). A sessão começou às 15h. Ao Campo Grande News, o presidente da Casa Alan Guedes (DEM) disse que há quorum suficiente para dar continuidade à sessão.

Junior Rodrigues é acusado de quebra de decoro pela advogada e ex-vereadora Virginia Magrini por ser citado em relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) como suspeito de ligação com uma lavanderia contratada pela prefeitura. O vereador é da base aliada da prefeita Délia Razuk (sem partido) e até o ano passado era o líder dela na Câmara.

O dono e funcionários da empresa trabalharam no gabinete de Junior Rodrigues. A defesa alega que o vereador é amigo há 27 anos do empresário, mas nega favorecimento à lavandeira.

Relatório da Comissão Processante montada em maio pediu o arquivamento da denúncia. O relator Silas Zanata (Cidadania) e o membro Olavo Sul (Patriota) se manifestaram pela improcedência, mas a presidente da Comissão, vereadora Daniela Hall (PSD), defendeu a cassação.

Os advogados de defesa falaram por duas horas e pediram o arquivamento da denúncia. Advogado Vander Medeiros disse que a denúncia é completamente infundada e acusou a denunciante, Virginia Magrini, de fazer política com denúncias vazias.

“Coloca em risco a honra e a imagem do vereador, é contumaz em fazer denúncias infundadas”, afirmou.“O ódio daqueles derrotados nas eleições não pode derrotar a democracia, eles têm que aguardar a próxima eleição”.

Vander Medeiros apontou “processo frágil” e “sem nenhuma prova” e disse que a condenação seria a morte política de quem conquistou o mandato ajudando pessoas marginalizadas da sociedade. Rodrigues fazia parte de uma entidade ligada à igreja católica que atende pessoas com dependência química em Dourados.

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