Motociclista é atropelada por motorista bêbado e morre no hospital
Zenaidinha Silva chegava em casa quando foi atingida pela Saveiro; juiz concedeu liberdade ao condutor
A comerciante Zenaidinha Martins Silva, 62, morreu na noite deste sábado (5) após ser atropelada por motorista bêbado em Dourados, a 251 km de Campo Grande. O acidente ocorreu por volta de 17h em frente à casa da vítima, na Rua Cabral, na Vila Vieira, região leste da cidade.
Arcindino Silveira Marques Neto, 38, foi preso em flagrante por conduzir veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool e por homicídio culposo, mas deve ser solto ainda neste domingo, por decisão da Justiça.
De acordo com testemunhas, em uma Honda Biz, Zenaidinha chegava em casa após ir ao mercado comprar produtos para seu comércio (pastelaria). Na frente da casa, foi atingida pela Saveiro preta conduzida por Arcindino Neto.
Ele alegou que a motociclista teria virado à esquerda sem sinalizar e se recusou a fazer teste de bafômetro. Segundo boletim de ocorrência, os policiais militares constataram sinais de embriaguez, como olhos vermelhos, odor de álcool no hálito, confuso e dificuldade no equilíbrio.
Testemunhas desmentiram a versão do condutor sobre falta de sinalização da motociclista. Zenaidinha foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital da Vida, onde morreu horas depois. Arcindino Neto teve crise de ansiedade e teve de ser levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
Depois, foi conduzido à Depac e autuado em flagrante. Neste domingo, no entanto, o juiz plantonista Pedro Henrique Freitas de Paula lhe concedeu liberdade mediante pagamento de fiança de cinco salários mínimos.
O magistrado também decretou proibição de frequentar bares ou qualquer outro local que venda bebidas alcoólicas, obrigação de manter endereço atualizado e de não se ausentar da comarca onde reside por mais de oito dias sem informar onde poderá ser localizado e suspensão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
“O flagrado [Arcindino Neto] é primário, sendo certo que, mesmo se condenado, não permanecerá no regime fechado, sendo suficiente, portanto, a fixação de medidas cautelares diversas da prisão”, afirmou o juiz. Assim que a fiança for paga, o motorista será colocado em liberdade.
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