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Interior

MP investiga irregularidade no preparo de alimentos servidos a pacientes

Alvo da investigação é a Marmitaria Comadre Maria, contratada pela Funsaud para fornecer alimentos a pacientes de hospital e da UPA

Helio de Freitas, de Dourados | 20/02/2019 17:25
Policiais federais chegam à Secretaria de Saúde no dia 12, em operação que mirou esquema com outra marmitaria (Foto: Adilson Domingos)
Policiais federais chegam à Secretaria de Saúde no dia 12, em operação que mirou esquema com outra marmitaria (Foto: Adilson Domingos)

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul está investigando indícios de irregularidades na empresa Marmitaria Comadre Maria, contratada para fornecer alimentos a pacientes do Hospital da Vida e da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

No dia 12 deste mês, outra marmitaria que já forneceu alimentos para as mesmas unidades, a Marmiquente, foi alvo da Operação Purificação, deflagrada pela Polícia Federal. A empresa tinha contrato de R$ 1,8 milhão por ano com o município.

Mandados de busca também foram cumpridos na sede da Funsaud (Fundação de Saúde de Dourados) e na Secretaria Municipal de Saúde. Ronaldo Gonzales Menezes, citado como representante legal da Marmiquente nas licitações, foi preso temporariamente.

Agora, o MP estadual está investigando uma série de inconformidades no processo de produção, transporte e armazenamento da alimentação produzida pela Marmitaria Comadre Maria.

As suspeitas de irregularidades foram constadas em inspeção requisitada pelo MP e feita pelo Conselho Regional de Nutricionistas e confirmadas pela Vigilância Sanitária do município.

Entre os problemas está um acesso da área onde são produzidos os alimentos ao lado de fora sem tela, o que permite a entrada de insetos e roedores, segundo o relatório do conselho.

Falta de controle de temperatura dos alimentos e até funcionários mexendo com a comida sem luvas foram outras situações verificadas.

Em resposta a notificações do MP, a empresa reconheceu a necessidade de mudanças para atender a Funsaud, disse que havia contratado uma nutricionista, mas pediu prazo de 90 dias para atender a todas as exigências.

Entretanto, segundo o promotor Etéocles Brito Mendonça Dias Júnior, afirma que mesmo após vencido o prazo concedido para a empresa se adequar, a Funsaud constatou que a maioria dos problemas continua, principalmente em relação à parte de estrutura física.

A empresa e a Secretaria de Saúde de Dourados têm dez dias para se manifestarem ao MP sobre a investigação em andamento.

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