Paraguai vai confiscar mais 12 fazendas e 80 casas de “Cabeça Branca”
Oito imóveis rurais de narcotraficante brasileiro já foram confiscados
O Estado paraguaio vai confiscar mais 12 fazendas do narcotraficante brasileiro Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, apontado como um dos maiores fornecedores de cocaína para quadrilhas brasileiras, recolhido desde 2017 no Presídio Federal de Catanduvas (PR).
Com forte atuação na Linha Internacional, onde foi sócio de Jorge Rafaat (morto em 2016), “Cabeça Branca” mantém negócios de fachada em Mato Grosso do Sul.
No dia 16 deste mês, Charles Miller Viola, 46 – apontado como operador dos negócios do chefão das drogas em MS e Mato Grosso e que morava em uma mansão em Dourados – foi preso em São Gabriel do Oeste e levado sexta-feira (21) para a Penitenciária da Gameleira, na Capital.
No dia 12 deste mês, o governo paraguaio tomou posse de cinco fazendas pertencentes ao narcotraficante, todas perto da fronteira com Mato Grosso do Sul. Outras três já tinham sido confiscadas no ano passado. As oito propriedades foram avaliadas em 68 milhões de dólares.
O Ministério Público do Paraguai anunciou que além das outras 12 fazendas que serão confiscadas, pelo menos 80 imóveis urbanos localizados no departamento (equivalente a estado) Central e cem veículos automotores em nome de empresas estão sendo identificados e também serão sequestrados.
A promotora Lorena Delezma, que chefia as investigações sobre o traficante no Paraguai, disse que 20 fazendas de “Cabeça Branca” foram identificadas no país vizinho. “Acredito que em 30 dias teremos condições de fazer a terceira entrega de imóveis para serem administrados pelo governo”, afirmou ela.
No Paraguai, propriedades confiscadas de traficantes são administradas pela Senabico, órgão federal que cuida de bens entregues ao governo.