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Interior

PF vai à conveniência de família de vereador e revendedora de carros

Justiça Federal autorizou o sequestro de quatro imóveis e de 61 veículos

Aline dos Santos | 29/04/2021 09:20
Polícia Federal foi à conveniência de família de vereador de Corumbá. (Foto: Weber Reis/Folha MS)
Polícia Federal foi à conveniência de família de vereador de Corumbá. (Foto: Weber Reis/Folha MS)

A operação da PF (Polícia Federal) contra lavagem de dinheiro em Corumbá foi à conveniência da família do vereador Alex  Prado Della (Republicanos), localizada na Rua Major Gama, Centro da cidade. De acordo com o Diário Corumbaense, outro ponto que amanheceu com equipes policiais foi uma garagem revendedora de carros localizada na Rua Edu Rocha, Bairro Aeroporto.

Com nome de urna Alex Dellas, ele informou à Justiça Eleitoral não ter bens e foi eleito com 894 votos. O Campo Grande News não conseguiu contato com o vereador.  A assessoria do parlamentar informou ao Diário Corumbaense que Alex não é investigado.

A 5ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande autorizou o sequestro de 4 imóveis e de 61 veículos, avaliados em R$ 8 milhões. A operação resultou no desfile de carrões pelos paralelepípedos de Corumbá, como Porsche e Mustang.  Imagens divulgadas pela polícia mostram apreensão de dinheiro, cheques, arma e joias, além de “visita” a imóveis de alto padrão.

Veículos Porsche e Mustang apreendidos durante a operação Mamon. (Foto: Divulgação/PF)
Veículos Porsche e Mustang apreendidos durante a operação Mamon. (Foto: Divulgação/PF)

De acordo com a PF, são 15 mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (dia 29).  Conforme a investigação, a quadrilha alvo da operação Mamon  movimentou R$ 20 milhões no ano passado

O Poder Judiciário ainda determinou suspensão de atividades econômicas de quatro empresas de fachada, além do bloqueio de valores em contas bancárias.

Segundo as investigações da Polícia Federal, o grupo criminoso ostenta elevado padrão de vida e se vale de um complexo esquema de lavagem de dinheiro, o qual envolve o sistema bancário, operadoras de crédito, cheques, compra e venda de veículos, e transações em espécie.



O esquema criminoso contava com laranjas e empresas de fachadas para ocultação de bens e valores provenientes de crimes  como tráfico de drogas e contrabando. Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de capitais e organização criminosa, cujas penas, somadas, podem ultrapassar 15 anos de prisão.

O combate à lavagem de dinheiro também cumpre mandados em Belo Horizonte (Minas Gerais) e Quinta do Sol (Paraná).  Mamon é transliteração da palavra hebraica “Mamom”, a qual significa dinheiro ou riqueza.

Imóvel alvo de mandado de busca em operação da Polícia Federal. (Foto: Divulgação/PF)
Imóvel alvo de mandado de busca em operação da Polícia Federal. (Foto: Divulgação/PF)


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