PM pede reforço de Dourados, mas garante que situação já foi controlada
O comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, coronel Carlos Alberto David dos Santos, afirma que a área da fazenda Buriti onde houve confronto entre índios e policiais durante a reintegração de posse já foi desocupada. Segundo ele, um novo reforço da tropa de choque de Dourados foi chamado.
David explica que a situação está controlada, mas o novo reforço foi pedido em razão da revolta dos indígenas com a morte do índio Oziel Gabriel, de 35 anos.
A ação foi comandada pela Polícia Federal e após a resistência e o início da confusão, a Polícia Militar enviou o reforço de duas equipes da Cigcoe (Companhia Indepentende de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), as forças táticas dos três batalhões de Campo Grande também foram enviadas.
O último pedido de reforço foi feito há cerca de 1 hora para a Polícia de Dourados, que enviou uma equipe da tropa de choque da guarnição. A equipe deve chegar no local por volta das 15 horas.
“A área já foi desocupada e os indígenas estão ao redor da fazenda. Nós reforçamos o bloqueio nas rodovias e enviamos a quantidade de policiais adequada para controlar a situação”, diz o comandante da PM.
Além do indígena Oziel Gabriel, outros cinco foram feridos. Quatro deles foram encaminhados para o de Sidrolândia e outro para o hospital municipal de Dois Irmãos do Buriti.
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, pelo menos três policiais federais ficaram feridos no confronto. Não há informação sobre o estado de saúde dos policiais ou a causa dos ferimentos, mas a corporação afirma que os indígenas reagiram com tiros.
Confronto - A fazenda foi invadida pelos terenas em 15 de maio. No mesmo dia, saiu uma decisão para que os índios deixassem o local. Mas a reintegração não foi cumprida no dia 18 e a decisão acabou suspensa até ontem, quando foi realizada audiência na Justiça Federal. Sem acordo entre as partes, o juiz Ronaldo José da Silva determinou o cumprimento da reintegração de posse.
Os índios reivindicam 17 mil hectares da aldeia Buriti que estão na posse de fazendeiros e que foram identificados em 2011 como terra indígena.
A operação da manhã desta quinta conta com a Polícia Federal, Polícia Militar, Bombeiros, médicos do Samu e policiais a Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe).