Polícia acusa PCC por ataque que dilacerou nariz de criança na fronteira
Celular de suspeito tinha vídeo mostrando símbolo da facção feito com dólares
A polícia paraguaia encontrou provas ligando a facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) ao ataque que deixou um morto e duas pessoas feridas, uma delas a menina de 6 anos que teve o nariz dilacerado por tiro de fuzil.
No celular de um dos três suspeitos presos no sábado foi encontrado vídeo mostrando um fuzil e as letras “PCC” e a frase “tudo 3” escritas com notas de dólares e guaranis. “Três” é como a facção é chamada entre seus integrantes.
Veja o vídeo:
Nos celulares de Alex Rodrigo Ferreira Moreira, Pedro Andrés Rotela e Richard Domingo Campuzano foram encontrados vídeos e fotos de fuzis automáticos e pistolas, mesmo tipo de armamento usado no ataque contra o paraguaio Fredy Enchagüe Bordon, 22.
Fredy dirigia uma SUV Toyota blindada, mas a proteção não segurou os tiros de fuzis calibres 5,56 e 7,62. Pelo menos 12 homens em três caminhonetes participaram do ataque.
O comissário Feliciano Martinez, chefe de investigações da Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero, informou que na cintura de um dos presos foram encontrados R$ 12 mil, supostamente parte do pagamento pela execução de Fredy Bordon.
A polícia acredita ainda que o Hyundai Santa Fé preto, abandonado ao lado da Toyota fuzilada, era um dos veículos usados pelos pistoleiros. Dentro do carro foram encontrados 48 mil reais. Na SUV usada por Fredy havia uma caixa com dólares. O valor não foi informado.
A menina atingida pelo tiro quando brincava na varada de casa a 50 metros do local do ataque está internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Universitário em Dourados.
Ela permanece respirando com ajuda de aparelhos e mantém quadro geral estável. A outra mulher que estava no ponto de ônibus foi atingida na perna.