Polícia descarta narcotráfico, mas não aponta motivação para morte de agente
A Polícia Civil afirma que o investigador Aquiles Chiquin Júnior, 34 anos assassinado a tiros em uma academia de Paranhos – a 469 quilômetros de Campo Grande – não tinha envolvimento com o tráfico de drogas. A informação é de um dos delegados que cuidam do caso, Mikaill Faria, de Amabaí, que ainda destacou que todas as hipóteses são investigadas. O crime aconteceu na noite de terça-feira (14), na Avenida Marechal Deodoro, área central do município.
Ao Campo Grande News, um policial que preferiu ter sua identidade preservada afirmou que o crime pode ter sido motivado por briga de facção envolvendo o tráfico de drogas.
Segundo o delegado, o caso foi colocado em segredo de justiça e a medida se deve para que as investigações não sejam prejudicadas. “A motivação do crime ainda não foi esclarecida”, destaca.
Em nota, a Polícia Civil disse que foi solicitada ajuda da Polícia Nacional do Paraguai, para a verificação da autoria e da motivação do assassinato e também confirmou que o crime foi cometido por três homens.
Dois deles entraram na academia armados com fuzis calibre 5,56 efetuaram aproximadamente 26 disparos. No tiroteio, o policial foi morto e outras quatro pessoas ficaram feridas. Elas foram identificadas como Marília Batista dos Santos, 32, Raphael Fernandes Carpes, 24, Guido Daniel Fernandes Bento, 18 e Pablino Yurtz Zarza, 23.
O terceiro suspeito estava em um Gol vermelho e aguardava os atiradores na frente da academia. Depois do crime, eles fugiram em direção à cidade de Ypeju, no Paraguai.
Aquiles é velado na Câmara Municipal de Paranhos, e posteriormente o corpo deve ser levado para o Estado do Paraná, onde será sepultado no município de Cantagalo.
O policial tinha um ano e meio de exercício na Polícia Civil, tendo concluído a Acadepol (Academia da Polícia Civil) em março de 2015. Ele deixa esposa e um filho.