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Interior

Polícia paraguaia frustra planos do PCC de tocar o terror na fronteira com MS

Grupo planejava atacar bancos e empresas em Ponta Porã e Pedro Juan Cabellero

Por Anahi Zurutuza e Helio de Freitas, de Dourados | 12/09/2024 16:57
Prisão de Márcio Henrique Benites, vulgo “Raio”, e Jorge Daniel González, o “Relâmpago” (Foto: ABC Color)
Prisão de Márcio Henrique Benites, vulgo “Raio”, e Jorge Daniel González, o “Relâmpago” (Foto: ABC Color)

Com apoio das forças de segurança no Brasil, a Polícia Nacional do Paraguai frustrou planos do PCC (Primeiro Comando da Capital) para a fronteira com Mato Grosso do Sul. Grupo ligado à facção criminosa de origem paulista planejava atacar bancos e empresas em Pedro Juan Caballero, município paraguaio, e em Ponta Porã, do lado brasileiro.

De acordo com o apurado pelo jornal ABC Color, o primeiro capturado foi Gilson Ferreira dos Santos, conhecido como “Bola de Fogo”, no dia 28 de agosto. Ele morreu na semana passada, aos 44 anos, depois de dias internado no Hospital da Vida, em Dourados, desde que foi atingido por tiro durante ação da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul.

Durante perseguição ao veículo onde Bola de Fogo estava, junto com o comparsa, na linha internacional, o motorista “jogou” um Honda CRV na direção das viaturas e policiais militares reagiram. Natural do estado de São Paulo, Santos tinha na ficha criminal acusações de homicídio, roubo e tráfico.

Honda CRV que era usado por dupla que atacou viaturas da PM (Foto: Reprodução)
Honda CRV que era usado por dupla que atacou viaturas da PM (Foto: Reprodução)

Também foi preso durante as investigações da polícia paraguaia, Joelcio Márquez de Souza, o “Tiro Certo”. Ele seria especialista na preparação de explosivos e foi expulso do Paraguai para o Brasil após a prisão do lado de lá.

Nesta quarta-feira (11), um dos líderes do grupo foi localizado. Segundo a apuração do ABC Color, Willian Pereira Soares, 35, o “Pintcharles”, era foragido de penitenciária no Paraná e foi acusado de envolvimento em assassinato de policial penal em 2015.

Ele foi pego em uma casa alugada, numa rua sem nome, a 30 metros do território brasileiro, por equipes do Departamento Contra o Crime Organizado da Polícia Nacional. Segundo policiais paraguaios, “Pintcharles” seria o 9º aspirante a chefe do PCC na linha internacional nos últimos oito anos – após a execução cinematográfica do então “patrão” da fronteira, Jorge Rafaat, em junho de 2016.

Conforme o Ministério Público do Paraguai, ele era procurado pela Justiça brasileira por tráfico de drogas, associação para o tráfico, homicídio, porte ilegal de arma e organização criminosa.

Willian Pereira Soares, o “Pintcharles”, preso ontem na fronteira (Foto: Divulgação)
Willian Pereira Soares, o “Pintcharles”, preso ontem na fronteira (Foto: Divulgação)

Outros dois presos são Márcio Henrique Benites, vulgo “Raio”, e Jorge Daniel González, o “Relâmpago”. O último, cidadão paraguaio de 33 anos, havia, conforme a polícia, recebido instruções para atear fogo a veículos durante as ações criminosas, como forma de atrapalhar a repressão aos roubos planejados.

O grupo tinha nos planos assaltar carro-forte na fronteira, um banco em Ponta Porã e invadir grandes comércios em Pedro Juan.

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