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Interior

Ponte que caiu e matou três na fronteira estava “condenada” há 2 meses

Governo chegou a iniciar levantamento há 15 dias, mas parou serviço por falta de dinheiro

Helio de Freitas, de Dourados | 11/06/2021 08:41
Ponte caiu ontem em Cruce Tacuatí e “engoliu” três veículos; três morreram (Foto: ABC Color)
Ponte caiu ontem em Cruce Tacuatí e “engoliu” três veículos; três morreram (Foto: ABC Color)

A ponte sobre o Arroyo Lorito, que caiu na madrugada de ontem (10) no Paraguai, a 100 km da linha internacional com Mato Grosso do Sul, deveria estar interditada para manutenção. Três veículos foram “engolidos” no buraco que se abriu na estrada. Três pessoas morreram e três ficaram feridas.

A ponte fica em Cruce Tacuati, cidade paraguaia localizada no Departamento (equivalente a Estado) de San Pedro. A estrada liga Cruce Tacuati a Tacuati, outro povoado do mesmo departamento. O local fica a 100 km de Coronel Sapucaia (MS).

Há dois meses, moradores das redondezas comunicaram ao Ministério de Obras Públicas do Paraguai que a ponte estava cedendo. Há 15 dias, equipes chegaram a iniciar levantamentos no local para a recuperação da estrutura, mas o serviço foi paralisado por falta de dinheiro e os técnicos foram embora.

“A equipe estava trabalhando em uma das cabeceiras e teria que trabalhar nas duas de acordo com o informe técnico, mas faltaram recursos e apoio orçamentário”, afirmou o diretor de estradas vicinais do ministério, Rodolfo Segovia, em entrevista à rádio Monumental 1080 AM.

Nesta sexta-feira (11), chega ao local do acidente uma equipe do Ministério Público do Paraguai para iniciar as investigações e apontar os responsáveis pelo acidente.

Segundo o promotor Osmar Legal, os peritos vão analisar a estrutura para descobrir se de fato a ponte tinha condições de tráfego, como alegou o governo paraguaio ao justificar o motivo de a estrada não ter sido interditada após os moradores denunciarem risco de queda.

Vítimas - Na tarde de ontem, depois de oito horas de trabalho, foi localizado sob os escombros da ponte o corpo de María Wilma Villalba de Fernández, 63, que estava desaparecida.

Ela viajava em uma SUV Kia Sorento com o filho, o veterinário Fernando Manuel Fernández Villalba, 35, e com o técnico em refrigeração Juan Agripino Galarza González, 32, condutor do veículo. Os dois ficaram feridos e estão hospitalizados.

Os outros mortos foram Denis Leonardo Díaz León, 19, que viajava de carona em um caminhão Mercedes Benz conduzido por Ronny David Areco Riquelme, 28, (ferido), e Juan Javier Alarcón Pereira, 40, motorista da carreta Volvo.

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