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Interior

Preso por corrupção, ex-secretário de Fazenda é 1º a pedir liberdade

Advogado de João Fava Neto pediu relaxamento da prisão preventiva na 1ª Vara Criminal de Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 08/11/2018 08:52
Homem de confiança de Délia Razuk, João Fava Neto foi exonerado cinco dias após ser preso (Foto: Divulgação)
Homem de confiança de Délia Razuk, João Fava Neto foi exonerado cinco dias após ser preso (Foto: Divulgação)

Preso há oito dias na Operação Pregão, do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, o ex-secretário de Fazenda João Fava Neto pediu ontem (7) o relaxamento do mandado de prisão preventiva. O pedido foi encaminhado pelo advogado Maurício Nogueira Rasslan à 1ª Vara Criminal de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, e ainda será analisado.

Homem de confiança da prefeita Délia Razuk (PR) nos 20 meses em que comandou as finanças do município, João Fava Neto foi exonerado segunda-feira (5) e substituído pelo assessor de gabinete Carlos Augusto de Melo Pimentel, nomeado como interino na quinta-feira (1º).

Os outros três presos na operação desencadeada para investigar a organização acusada de fraudar licitações e de contratar empresas prestadoras de serviço através da dispensa ilegal de licitação, ainda não pediram relaxamento da prisão.

Além de João Fava Neto, estão presos o ex-diretor do Departamento de Licitação da prefeitura Anilton Garcia de Souza, também exonerado nesta semana, a ex-secretária de Educação e vereadora Denize Portolann de Moura Martins (PR) e o empresário Messias José da Silva, dono da Douraser, empresa contratada pela prefeitura com dispensa de licitação.

Na terça-feira (6), Denize Portolann pediu afastamento de 120 dias da Câmara e ontem a Mesa Diretora empossou no lugar dela a suplente Lia Nogueira (PR). Denize está no presídio feminino de Rio Brilhante e os outros três na PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

As denúncias – Os ex-assessores da prefeita, o empresário e a vereadora licenciada são acusados de integrar uma organização criminosa acusada de fraudar licitações, de fazer dispensa indevida de licitação e falsificação de documentos para desviar recursos públicos.

A Douraser, contratada pela prefeitura para fornecer vários serviços, entre os quais a limpeza das escolas municipais, recebeu até setembro deste ano quase R$ 7 milhões da prefeitura.

Outra empresa investigada no esquema é a Energia Engenharia Serviços e Manutenções Ltda. No dia 31, mandados de busca e apreensão foram cumpridos na sede da empresa na Avenida Presidente Vargas e na casa do dono, Pedro Brum Vasconcelos Oliveira.

A Energia foi contratada em 2017 pela prefeitura por R$ 1,9 milhão para fornecer 97 merendeiras para trabalhar em escolas e centros de educação infantil do município. Denize Portolann era secretária de Educação quando o contrato foi assinado.

O Ministério Público informou ontem ao Campo Grande News que a investigação está na fase de verificação dos documentos apreendidos e remessa de equipamentos para perícia. A Justiça decretou sigilo no caso.

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