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Interior

Presos ligados ao PCC queimam colchões e clima é tenso em presídio

Tumulto teria sido uma espécie de "recado" da facção criminosa

Vanda Escalante | 07/03/2015 08:30

Depois da tentativa de rebelião registrada no mês passado, um tumulto no fim da tarde desta sexta-feira (6) provoca clima de tensão na PED (Penitenciária Estadual de Dourados), que é um presídio de segurança máxima e abriga presos ligado à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Por volta das 17h de ontem, detentos do Raio 2 – pavilhão onde estão cerca de 900 detentos, inclusive os ligados ao PCC – atearam fogo aos colchões. Ninguém se feriu, mas quando a situação foi controlada, todos os colchões do pavilhão estavam queimados.

Na hora do tumulto, havia apenas dois agentes penitenciários para cuida dos 900 detentos do Rio 2. no total, a PED está com uma população de 2.200 presos, divididos em três pavilhões, e conta com apenas 15 agentes, conforme denuncia o sindicato da categoria.

A apreensão por conta do tumulto de ontem pode provocar mudança nas rotinas do presídio durante o fim de semana, mas ainda não houve qualquer determinação oficial. Para os agentes, o fogo nos colchões pode ter sido uma espécie de "recado" da facção criminosa.

Situação precária – Também ontem (6), dois detentos tentaram fugir do Presídio de Trânsito de Campo Grande, sendo que um deles conseguiu escapar.

Nesta sexta-feira, também em Campo Grande, o Presídio de Regime Aberto contou com apenas um agente para recepcionar os 520 apenados da instituição. Ainda de acordo com informações do sindicato dos agentes, há o compromisso por parte do governo do estado para que haja reforço da segurança com policiamento, mas em alguns dias a PM (Polícia Militar) sequer estaria passando pelo local.

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