Promotoria começa a investigar mortes por falta de UTI Neonatal em Corumbá
Inquérito apura falhas na prestação do serviço de saúde e danos morais após mortes de gestantes e bebês
A 2ª Promotoria de Justiça de Corumbá, do promotor Pedro de Oliveira Magalhães, abriu inquérito para investigar os casos de mortes maternas e de recém-nascidos na maternidade da Santa Casa de Corumbá, mantida pela Associação Beneficente de Corumbá. A abertura foi feita com base em petição do deputado federal, Geraldo Resende.
Pela portaria de início, a verificação visa “apurar eventuais falhas na prestação dos serviços públicos de saúde (e danos morais coletivos) pelos óbitos ocorridos em circunstâncias semelhantes, possivelmente devido à ausência de UTI mista (Neonatal + Pediátrica)”. O inquérito delimitou o período de análise entre 1º de janeiro a 18 de março deste ano.
A mesma investigação questiona a destinação dos recursos do Fonplata (Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata) à maternidade.
Nos últimos meses, ao menos três óbitos ocorreram de bebês e ao menos uma gestante. No último domingo, 17 de março, houve manifestação de familiares que perderam pessoas na maternidade, todas em situações semelhantes: poderiam ser salvos se houvesse UTI Neonatal na unidade hospitalar. O protesto foi por implantação de Unidade de Terapia Intensiva lá.
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