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Interior

Protesto em audiência pública cobra investigação sobre irmãos desaparecidos

Familiares e amigos lotam Câmara de Vereadores e querem empenho da polícia para localizar e amigos de Rodney e Edney, que sumiram há dez dias após abordagem do DOF

Helio de Freitas, de Dourados | 22/08/2017 14:52
Protesto de amigos e familiares de irmãos durante audiência pública na Câmara de Ponta Porã (Foto: Leo Veras/Porã News)
Protesto de amigos e familiares de irmãos durante audiência pública na Câmara de Ponta Porã (Foto: Leo Veras/Porã News)

Familiares e amigos dos irmãos Rodney Campos dos Santos, 27, e Edney Bruno Ortiz Amorim, 20, desaparecidos há dez dias após serem abordados por quatro policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), protestam na tarde desta terça-feira (22) na Câmara de Vereadores de Ponta Porã, cidade a 323 km de Campo Grande.

Com faixas e cartazes, eles aproveitam a audiência pública marcada para discutir segurança pública e cobram mais empenho da polícia para investigar o caso.

Também reclamam da prisão de Rosimeire Rosa da Silva Ortiz, 41, mãe de Edney. Ela foi presa hoje em Ponta Porã por ordem do juiz Raul Ignatius Nogueira, da 2ª Vara Criminal de Maracaju, onde Rosimeire é processada desde 2011, por exploração de prostituição.

Autoridades brasileiras, como representantes da Polícia Civil, Exército, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ministério Público e da prefeitura participam dos debates. Representantes paraguaios também estão presentes.

Quero meus filhos de volta – Claudinei Amorin dos Santos, pai de Rodney e Edney, foi o primeiro a falar na audiência pública. “Quero meus filhos de volta. Não sei mais o que faço. Preciso da ajuda de todos para localizar meus filhos. Preciso de uma resposta do DOF”, afirmou ele.

Versão de policiais – Três dias após o desaparecimento, o diretor do DOF, coronel PM Kleber Haddad Lane, anunciou a instauração de um IPM (Inquérito Policial Militar) para investigar o caso internamente.

A Polícia Civil também abriu inquérito, que foi transferido para a Delegacia de Homicídios, de Campo Grande, mas até agora não há pista dos dois rapazes.

Informalmente, os quatro policiais militares lotados no DOF declararam que logo após a abordagem, gravada pela câmera de segurança de um posto de combustíveis na saída para o município de Antônio João, foram para outro local com internet melhor para checar os antecedentes dos irmãos e em seguida os liberaram.

Entretanto, um vídeo gravado em uma empresa na margem da MS-164 contraria a versão e mostra a viatura do DOF seguindo em direção ao distrito Nova Itamarati. Logo atrás aparece o Golf preto.

Prisão da mãe - “Querem desviar o foco com essa prisão”, “não vamos aceitar e continuaremos protestando até a polícia tomar providências”, afirmaram amigos e parentes dos irmãos, que se uniram em um grupo do aplicativo Whatsapp.

No fim de semana, o grupo fez buscas na região do assentamento Itamarati, para onde a viatura e o Golf seguiram antes do carro dos irmãos ser encontrado abandonado em território paraguaio, mas nenhuma pista foi localizada.

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