Quadrilha do PCC presa com arsenal morava em mansão na fronteira
Cinco brasileiros e dois paraguaios foram presos em uma casa luxuosa no bairro Reis Católicos, em Pedro Juan Caballero
A quadrilha supostamente ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital) descoberta com arsenal na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul usava uma mansão como “escritório do crime”.
A casa de alto padrão fica localizada na Rua Bernardino Caballero, esquina com Félix Pérez Cardozo, no bairro Reis Católicos, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande. A polícia não revelou a quem pertence a residência.
Os sete homens presos no local na tarde de ontem (3) foram levados para a sede da Delegacia Antinarcóticos e ainda hoje devem ser encaminhados para o presídio da cidade.
Foram presos os brasileiros Diego Vieira dos Santos, 21, Allan Gabrecht dos Santos, 21, Laurindo de Sousa Neto, 26, Luiz Antonio Varela da Silva, 21, e David Timóteo Ferreira, 33, e os paraguaios Félix David Sánchez Escobar, 27, e Marcelo Gayoso, 22.
Na casa onde a quadrilha estava foram encontrados 15 aparelhos de telefone celular, três coletes à prova de bala, um fuzil marca Anderson calibre 5.56 com cinco carregadores, um fuzil AK47 calibre 7.62 com oito carregadores e um fuzil Fal calibre 7.62 com um carregador.
Os policiais também encontraram mil cartuchos calibre 5.56, 500 cartuchos 7.62 e 12 munições de revólver calibre 357. Três carros, uma caminhonete e porções de maconha e cocaína também foram encontrados na mansão.
A operação foi chefiada pelo procurador de combate ao narcotráfico, Samuel Valdez, que acompanhou os agentes antinarcóticos enviados de Assunção para fazer a prisão da quadrilha.
Fronteira em guerra – O PCC tem forte atuação na fronteira do Paraguai com o Mato Grosso do Sul e essa presença se intensificou após a morte, em junho do ano passado, de Jorge Rafaat Toumani, apontado como o chefão do crime organizado em Pedro Juan Caballero.
Rafaat era contra a presença da facção paulista na fronteira, por não concordar com a forma de atuação do PCC e teria mandado executar vários membros da quadrilha.
A polícia paraguaia acusa o PCC de ter se aliado ao também traficante brasileiro Jarvis Gimenez Pavão para eliminar o “chefão”. Rafaat foi morto a tiros de metralhadora antiaérea, no centro de Pedro Juan Caballero, na noite de 15 de junho.