Quadrilha se preocupava em sempre melhorar qualidade da droga, diz delegado
Grupo liderado por irmãos Toko é alvo da Operação Kaizen hoje em MS e Rio de Janeiro
Alvo da Operação Kaizen, deflagrada nesta quarta-feira (14) por policiais de Mato Grosso do Sul com apoio da polícia carioca, quadrilha de traficantes baseada em Dourados tinha preocupação constante de melhorar a qualidade da droga enviada para outros estados.
A quadrilha é chefiada pelos irmãos Carlos Quendi Koga Toko Junior, 27, e Teruo Toko Neto, 25. Carlos está preso na PED (Penitenciária Estadual de Dourados e Toko Neto cumpre pena em Bangu, no Rio de Janeiro, onde foi preso com seis toneladas de maconha.
Segundo o delegado Rodolfo Daltro, da Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira), durante dois meses de investigação, a polícia identificou todos os envolvidos, a rede de distribuição da droga e o responsável pela produção da droga, com alto poder alucinógeno.
A quadrilha foi desmantelada após a apreensão de três toneladas de maconha em Dourados. “Durante as investigações descobrimos a preocupação deles pela melhoria contínua do produto e da distribuição”, afirmou o delegado.
Essa obsessão dos irmãos pela melhoria da droga originou o nome da operação. Kaizen vem do japonês e significa “mudança para melhor”. Os irmãos Toko são de família de imigrantes japoneses, tradicional em Dourados.
Envolvendo policiais da Defron (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Fronteira), da 2ª Delegacia de Polícia de Dourados, do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), das delegacias de Itaporã, Maracaju, Rio Brilhante e Caarapó, equipe do Garras e policiais do Rio de janeiro, a operação cumpriu 12 mandados de prisão, nove mandados de busca e apreensão e três de sequestro de bens.
Segundo Rodolfo Daltro, 16 pessoas foram presas, incluindo os irmãos, contra os quais foram cumpridos novos mandados de prisão. Em Campo Grande foi preso pelo Garras o motorista da quadrilha. Também foram apreendidos pacotes de maconha, de cocaína e de skunk e até plantas de maconha em fase de desenvolvimento.
A polícia descobriu também que uma das estratégias da quadrilha era enviar cocaína em pacotes de whey protein, suplemento usado por praticantes de musculação para aumentar o consumo de proteína. A remessa era feita a partir de Dourados.
